O vereador de Goiânia, Ronilson Reis (Podemos), deseja apresentar à Câmara Municipal de Goiânia um requerimento de concessão para “Menção de Aplausos” ao professor do Colégio Estadual da Polícia Militar Colina Azul, em Aparecida de Goiânia, que fez 30 alunos da instituição de ensino carregarem 6 mil telhadas.
O acaso aconteceu na última quarta-feira (23/2) e teve grande repercussão nas redes sociais, chegando até a ser apurado pelo Ministério Público de Goiás (MPGO). De acordo com o parlamentar, a intenção é homenagear o professor que teve uma “atitude humana” ao envolver os alunos em um objetivo comum, que visa a reconstrução do teto da escola.
“É algo que surgiu de forma espontânea, com iniciativa dos professores e alunos, assumindo uma missão de participação e colaboração”, afirmou o vereador, que completou ressaltando a importância de reforçar o “comprometimento do aluno com o espaço educacional”.
A ação do professor foi vista por Ronilson Reis como a “cultura do trabalho e da responsabilidade. Não se pode condenar tudo que se vê. É possível perceber o engajamento dos alunos para cumprir a tarefa. É preparação para a vida. Por isso, os professores merecem uma Moção de Aplausos”.
É importante salientar que os alunos não faziam uso de equipamentos de proteção individual, bem como não utilizavam máscara de proteção facial e vestiam o uniforme do Colégio Militar, durante a execução da atividade braçal.
MP-GO solicita informações a Colégio Militar de Aparecida sobre idolatria a funcionário
Além do caso onde as telhas foram carregadas pelos estudantes, repercutiu também uma situação onde os alunos eram instigados a idolatrar os funcionários da instituição e o governador do Estado de Goiás. O Ministério Público de Goiás (MPGO) recebeu inúmeras reclamações de pais de alunos relando sobre a obrigatoriedade dos filhos a demonstrarem a idolatria, durante as atividades realizadas na unidade do Colégio Estadual da Polícia Militar Colina Azul, em Aparecida de Goiânia.
Nesta quinta-feira (24/2) foi encaminhado pela Área da Infância, Juventude e Educação do Centro de Apoio Operacional (CAO) para a 11ª Procuradoria de Justiça de Aparecida de Goiânia, reportagens que mostram as ações que estão sendo realizadas nas dependências da unidade escolar, e que envolvem os alunos, para apurar o descumprimento de alguma diretriz constitucional ou legal.
Um dos promotores de justiça da unidade solicitou à instituição a relação de nomes dos alunos que participaram das atividades, bem como os dados pessoais, endereço e nome dos pais e/ou responsáveis.