Na tarde desta segunda-feira (14/2), o atual prefeito de Goiânia, Rogério Cruz (Republicanos), usou suas redes sociais para comunicar que amanhã será enviado um projeto de lei para a Câmara Municipal de Goiânia, com a intenção de promover auxílio locomoção para servidores temporários da Secretaria Municipal de Educação (SME) que atuam como Profissional da Educação II, e aos trabalhadores administrativos da pasta.
O anuncio vem um dia antes da greve convocada pelo Sindicato Municipal dos Servidores da Educação de Goiânia (Simsed), onde uma das reivindicações da categoria diz respeito justamente este assunto. Conforme informações divulgadas pelo sindicato, cerca de cem unidades aderiram a paralisação, desta forma as atividades estão previstas para serem suspensas nesta terça-feira (15).
Os outros assuntos em pauta que motivaram a paralisação fazem referência ao pagamento da data-base dos servidores administrativos, o piso salarial dos professores, a regência de contratos dos professores temporários, a abertura de concurso público e também as medidas tomadas para garantir a segurança sanitária dentro das instituições de ensino.
Todavia, o Paço Municipal continua questionando a paralisação proposta pelo Simsed, uma vez que o sindicato não é considerado como oficial. Os servidores que pretendem participar da paralisação já foram avisados que o movimento pode gerar corte no ponto. Já em relação a negociação da data-base dos administrativos e piso salarial dos professores, estas estão sendo debatidas junto ao Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego), que aguarda uma posição do prefeito Rogério Cruz para marcar uma reunião ainda nesta semana.
Simsed se manifesta sobre o corte de ponto
Sobre a ameaça de corte de ponto o Sindicato Municipal dos Servidores da Educação de Goiânia publicou um texto em seu site oficial esclarecendo aos servidores que a ação é ilegal, pois as greves e paralizações são um direito dos trabalhadores e servidores públicos previsto por lei.
O Simsed informou também que enviou uma notificação sobre o movimento para a Prefeitura de Goiânia e que, caso realmente haja o corte de pontos, irão recorrer judicialmente. O texto leva em consideração também que é de obrigação da Prefeitura garantir aos alunos 200 dias letivos e 800 horas anuais, desta forma se o ponto for cortado não há obrigatoriedade da reposição de aulas.