Três acusados de envolvimento na morte de José da Silva Almeida, o Zé da Convaca, então prefeito de Monte Alegre de Goiás, em 1999, foram julgados e condenados 22 anos após o crime.
O júri popular foi realizado nesta quinta-feira (10), em Goiânia, e a decisão saiu no fim da noite, após mais de 10 horas de sessão, que foi presidida pelo juiz Antônio Fernandes de Oliveira. O júri já havia sido adiado duas vezes, em 2016 e 2021.
Um quarto réu também suspeito de envolvimento testou positivo para Covid-19 e, por isso, não compareceu na audiência. Ele então teve o processo desmembrado e será julgado em outra data, ainda a ser marcada.
De acordo com a decisão, Luiz Carlos Medeiros, pistoleiro apontado como um dos executores, foi condenado a 15 anos de prisão; José Roberto Macedo, tapeceiro apontado como ajudante na contratação e transporte dos atiradores, pegou 7 anos de prisão; e Floriano Barbo Rodrigues Neto, policial civil apontado como responsável por emprestar o carro, foi condenado a 14 anos de prisão em regime fechado.
O homicídio do prefeito de Monte Alegre
O crime aconteceu no dia 25 de agosto de 1999 e, segundo a denúncia do promotor Jesi de Moura, a motivação seria política. O prefeito foi encapuzado e morto a tiros na porta de casa.
As investigações apontam que Antônio Pereira, vice-prefeito à época, teria encomendado a morte de Zé da Covanca para assumir a prefeitura, visto que os dois teriam rompido politicamente.
Diante disso, Antônio se juntou com José Roberto e Floriano Barbo, para executar o crime. Ambos tinham sido demitido de um cargo público. Já Luiz Carlos, segundo o Ministério Público, seria um dos três pistoleiros contratados para matar o prefeito.
Luiz Carlos, que era conhecido como assaltante e sequestrador, teria participado do sequestro de Wellington Camargo, irmão de Zezé di Carmgo e Luciano.
A defesa dos suspeitos informou que deve recorrer da decisão.