Na manhã desta quarta-feira (9/7), a Polícia Civil de Goiás (PC) deflagrou a Operação Apáte, que apura supostas fraudes em processo licitatório cometidas pelo prefeito e secretários de Silvânia.
De acordo com a PC, as investigações concluíram que o prefeito Geraldo Luiz Santana, conhecido como Dr. Geraldo (PP), juntamente com a ajuda de secretários e a presidente da Comissão, fraudaram o processo licitatório que resultou na contratação da empresa para execução dos serviços de tapa-buracos na cidade.
Hoje foram cumpridos 11 mandados de busca e apreensão, bloqueio de bens e valores dos investigados, além de outras medidas judiciais. A investigação é realizada pela Delegacia de Silvânia, com a coordenação da Delegacia Estadual de Combate à Corrupção (DERCAP).
Em nota, a Prefeitura de Silvânia se manifestou. Confira a íntegra:
“O prefeito Dr. Geraldo está reunido com sua assessoria jurídica avaliando a operação de busca e apreensão promovida pela Polícia Civil junto à Prefeitura de Silvânia em razão do inquérito policial que investiga o contrato da “operação tapa buracos”.
Em breve será emitida uma Nota Oficial de Esclarecimento do prefeito Dr. Geraldo a respeitodos fatos.
Em tempo, o prefeito Dr. Geraldo tranquiliza a comunidade e os servidores municipais, informando que as atividades da Administração Municipal estão sendo retomadas dentro da normalidade, após conclusão dos procedimentos policiais que transcorreram sem incidentes.
Nenhum servidor municipal foi afastado e o prefeito Dr. Geraldo segue no exercício de suas funções.
Muito obrigado e que Deus abençoe a todos!”
Outras supostas fraudes apuradas em gestões passadas em Silvânia
Em 2020, uma outra operação da Polícia Civil foi deflagrada em Silvânia para apurar supostos desvios de verba na cidade. À época, administração era de Zé Faleiro. Na ação, seis servidores públicos e funcionários da prefeitura da cidade foram afastados de suas funções.
De acordo com a Polícia Civil, a suposta organização criminosa era formada por agentes públicos e sócios proprietários de uma empresa suspeitos de fraudarem a prestação de serviço público de limpeza. O esquema pode ter causado prejuízo estimado em R$ 400 mil aos cofres públicos da cidade.
À época, as investigações apontaram ainda que os serviços de coleta de resíduos sólidos urbanos e remoção de entulhos continuaram sendo prestados diretamente pela Prefeitura de Silvânia, porém, a empresa contratada recebia como se tivesse executado os serviços, sem sofrer nenhum tipo de fiscalização ou medição dos serviços prestados.
A operação foi desencadeada pela em parceria com o Ministério Público de Goiás (MP-GO), Tribunal de Contas e Polícia Técnico-Científica.