Os acusados de matar a jovem Ariane Bárbara Laureano de Oliveira, de 18 anos, devem começar a ser ouvidos pela Justiça nesta quarta-feira (9), a partir das 14h, em sessão realizada no Fórum Criminal, no Jardim Goiás, em Goiânia. Na audiência o juiz deve decidir se eles vão ou não a júri popular.
Os interrogatórios serão feitos pouco mais de cinco meses depois da morte de Ariane, que foi registrada no dia 24 de agosto do ano passado. Os principais suspeitos do crime são Jeferson Cavalcante Rodrigues, de 23 anos, Raíssa Nunes Borges, de 19 anos, e Enzo Jacomini Carneiro Matos, que se identifica como Freya, de 18 anos.
De acordo com o inquérito policial, os três acusados, juntamente com uma adolescente, conheceram a vítima em uma pista de skate. Eles tinham amizade e teriam convidado Ariane para lanchar, já com intenção de cometer o crime.
As apurações apontam que Raíssa queria saber se tinha algum transtorno de personalidade e, para isso, precisava matar alguém para ver sua reação. A escolhida pelo grupo foi Ariane Bárbara, que morreu ao ser esfaqueada brutalmente dentro de um carro.
Após o crime, os acusados teriam jogado o corpo de Ariane em uma área de mata no Setor Jaó, onde foi encontrado sete dias depois, já em estado de decomposição.
Caso Ariane Bárbara: suspeitos foram presos cerca de 20 dias após o crime
Jeferson, Raíssa e Freya foram presos no dia 15 de setembro de 2021, pouco mais de 20 dias depois do crime. No início de novembro, o Juiz Jesseir Coelho de Alcântara decidiu tornar réu o trio e converter a prisão temporária em preventiva.
A adolescente suspeita de envolvimento no caso, foi apreendida no dia 16 de setembro do ano passado. As investigações apontam que ela, juntamente com Raíssa, teria desferido os golpes de faca em Ariane.
Antes de ser apreendida, a adolescente enviou mensagens para a mãe da vítima, pedindo perdão e falando como a situação aconteceu. Segundo relatou, Ariane foi morta enforcada dentro do carro e, posteriormente, recebeu uma facada. “Eu sei que você quer tudo menos uma mensagem de alguém que estava no dia que tudo aconteceu […] Mas ela morreu foi enforcada. Quebraram o pescoço dela”.
Grupo teria outras vítimas
Em novembro do ano passado, em decisão que tornou réus os investigados, o juiz Jesseir Coelho acatou um argumento do Ministério Público de Goiás (MP-GO), de que o trio tinha a intenção de matar outras pessoas.
Conforme as investigações, um dos suspeitos apontou que eles tinham uma lista com nomes de outras possíveis vítimas. Segundo o delegado responsável pelas investigações, não havia uma lista física, mas duas ou três pessoas foram citadas pelos investigados.