A Polícia Civil de Goiás (PCGO) continua, nesta sexta-feira (28), investigando uma troca de bebês em um hospital de Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital. O caso foi descoberto durante a alta da mãe e do recém-nascido.
Segundo informações, os bebês nasceram no último dia 29 de dezembro e, no dia 31, uma recepcionista da unidade teria percebido uma troca na pulseira de identificação e informou a situação a direção. No mesmo dia, o hospital realizou um exame de DNA, cujo laudo ficou pronto no dia 24 de janeiro, comprovando a troca dos bebês.
Quando o resultado saiu, a advogada do hospital registrou o caso na Polícia Civil. No registro, ela informou que a unidade de saúde tentou destrocar os bebês, mas as famílias decidiram ficar com as crianças.
Depois que descobriram a troca, uma das famílias procurou a polícia para denunciar o caso, mas acabou descobrindo que a investigação já estava em andamento, pois o próprio hospital relatou o caso.
A Polícia Civil continua investigando o caso para verificar se houve ou não a identificação correta dos bebês, se o crime foi doloso ou culposo. “Tudo indica que houve pelo erro da identificação”, disse a delegada responsável pela investigação.
Agora, devem ser intimados à prestar depoimento as equipes responsáveis pelo parto e acompanhamento neonatal, a recepcionista que constatou o erro, pais e mães das crianças e outras possíveis testemunhas.
O inquérito deve ser concluído somente após a realização de um novo teste de DNA, que pode levar até 30 dias. A destroca dos bebês só deve ser feita após a conclusão.
Hospital de Aparecida informa que houve quebra de protocolo no caso da troca de bebês
Confira a nota do hospital na íntegra
O Hospital São Silvestre informa que, de fato, houve uma quebra no protocolo do hospital no dia 29 de dezembro de 2021. A situação foi percebida quando da alta médica de uma das mães, sendo que de imediato as duas famílias foram comunicadas e foi solicitado pelo Hospital a realização de teste de DNA. As famílias se mostraram resistentes a todo momento a qualquer exame, o qual levaria quinze dias para ficar pronto (conforme determinação do laboratório responsável pelo exame).
O resultado do exame foi informado às famílias na última segunda-feira (24), todavia, devido a emoção da situação vivenciada, não foi entregue qualquer documento. Mas uma das famílias já procurou o hospital e já foi disponibilizado o resultado do exame. Sendo inverídica a negativa por parte do hospital de demonstrar qualquer documento ou exame realizado.
O hospital abriu um processo administrativo ainda no dia 1º de janeiro de 2022 para apuração dos fatos, e já houve a suspensão de vários envolvidos. Foi solicitada na quarta-feira (27), a abertura de investigação na Delegacia de Proteção a Criança e do Adolescente, para que auxiliasse o hospital na condução do caso.
Nesta quinta-feira (27), foi protocolado informação dos fatos ao Ministério Público, para que preste o mesmo auxílio.
O Hospital entende a gravidade dos fatos, e se coloca, como se colocou em todos esses dias, à disposição das famílias ao que for necessário a fim de tentarem encontrar o melhor caminho.