Em nota divulgada na manhã desta sexta-feira (28), a Polícia Civil se manifestou sobre o caso de um médico que teria, supostamente, sido preso por negar atendimento prioritário a um delegado, em Cavalcante, na Chapada dos Veadeiros. Segundo a polícia, o médico foi detido por exercício irregular da profissão, além de outros crimes.
O delegado chegou na unidade de saúde nesta quinta-feira (27), com sintomas gripais e fez o teste rápido de Covid-19. No decorrer do dia, segundo a polícia, o delegado voltou na unidade de saúde para tratar dos exames.
Com o diagnóstico positivo para a infecção do novo coronavírus, testemunhas informaram que o delegado teria exigido atendimento prioritário por ser autoridade, mas o médico se recusou. Posteriormente, o delegado deu voz de prisão ao médico e o levou para a delegacia.
A defesa do médico informou que ele está detido no presídio de Alto Paraíso, mas há um alvará de liberação expedido. Além disso, ainda segundo a defesa, o registro do médico no Conselho Regional de Medicina (CRM) do Mato Grosso estaria vencido. Em Goiás, ele tem um registro que foi cancelado, mas continua ativo no CRM do Distrito Federal.
Informações apontam que o homem tem contrato, desde 2016, com o programa Mais Médicos do Governo Federal. A defesa afirma que toda a documentação do cliente está correta.
Polícia Civil emite nota sobre caso do médico preso após atender delegado em Cavalcante
De acordo com a Polícia Civil, nas visitas que fez ao posto médico para tratar de seus exames, e em decorrência da forma em que o profissional o atendia, o delegado constatou que o médico estaria atuando de tal maneira por insegurança, dado ao exercício profissional irregular praticado. Levantamentos da polícia apontaram que o médico estava com registro cancelado junto ao Conselho Regional de Medicina de Goiás.
Veja nota da Polícia Civil:
“Diante da situação, impelido pelo dever legal que o acomete, tomou as medidas cabíveis para o esclarecimento dos fatos, inicialmente diretamente com o autuado, e no consultório onde realizava atendimento clínico, quando o médico se alterou e ofendeu a autoridade policial e sua equipe, fatos confirmados por testemunhas ouvidas no decorrer da lavratura do procedimento, uma delas, inclusive, enfermeira da unidade de saúde.
O conduzido foi autuado em flagrante delito pelos crimes de exercício irregular da profissão, desacato, resistência, desobediência, ameaça e lesão corporal.
Por cautela foi determinado pela Delegacia-Geral de Polícia Civil o acompanhamento direto e imediato da ocorrência pela Gerência de Correições e Disciplina. A PCGO reafirma seu compromisso com os cidadãos, colocando-se sempre no mesmo nível que os demais goianos e nunca corroborando com atitudes de abuso de autoridade.
A corregedoria da Polícia Civil de Goiás acompanhará o caso em toda sua extensão.”