Durante a manhã de hoje (28/12), a mãe da estudante de 16 anos, que teve 60% do corpo queimado durante um experimento em uma aula de química, na cidade de Anápolis, prestou depoimento à Polícia Civil sobre o caso. A menina segue internada na enfermaria do Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (HUGOL).
No depoimento a mãe da menina contou que foi uma colega da jovem quem levou o etanol para a sala de aula e que a instituição de ensino permitiu que a menina entrasse na escola carregando o galão. Outro ponto alegado pela mãe é que o experimento foi realizado sem a presença de um responsável, estando o grupo de alunos sozinhos.
Mediante ao fatos, a genitora acredita que houve negligência por parte da escola durante todo o procedimento envolvendo o experimento. Dentre as informações colhidas em depoimento foi dito também que uma professora da instituição solicitou que os alunos gravassem um vídeo sobre “fogo invisível”.
O grupo do qual a estudante fazia parte era composto por quatro alunos. Desde a data da explosão (30/11) a jovem segue internada no Hugol. Atualmente a menina se encontra em uma enfermaria da unidade de saúde e faz uso de uma traqueostomia para auxiliá-la no processo de recuperação. De acordo com as informações repassadas pela mãe, ela se encontra bem e ainda não há previsão de alta.
Uma delegada substituta informou que a delegada responsável pela investigação está de férias, mas que o depoimento colhido hoje foi registrado por um escrivão e será anexado à investigação.
A reportagem entrou em contato com a Secretaria de Educação para se manifestar sobre o caso e aguarda retorno.
Menina teve o corpo queimado em explosão durante experimento de química
Conforme informações repassadas pelo coordenador do colégio onde o acidente aconteceu, na época da explosão, o grupo de alunos, que frequentam o segundo ano do ensino médio, estavam em sistema de aulas remotas e solicitaram uma sala do colégio para poder realizar e gravar o experimento de física e química.
Ainda de acordo com o coordenador, a permanência dos alunos nas dependências da escola foi permitida, porém nenhum dos envolvidos avisou que o experimento necessitava do uso de álcool, o que fez com que nenhum professor, monitor ou responsável pela unidade escolar supervisionasse a situação.