A Policia Civil de Goiás (PCGO), por meio da Delegacia de Investigação de Crimes de Trânsito (DICT), tem investigado as causas que levaram ao acidente envolvendo um ônibus de viagem da empresa Real Expresso, um caminhão e um carro.
O acidente aconteceu na madrugada da última sexta-feira (24), na BR-153 em Aparecida de Goiânia, e deixou 6 vítimas fatais, após cair em uma ribanceira logo depois de colidir contra um caminhão e um veículo da Triunfo Concebra, concessionária que administra a BR-153 em Goiás.
Dentre as vítimas fatais estava uma senhora de 63 anos que viajava no ônibus. A Policia Civil divulgou hoje (27/12) informações repassadas pela filha da idosa, que apontam que em novembro a vítima fez uma viagem com a mesma empresa, na mesma linha, em outro ônibus que apresentava problemas, mesmo assim os passageiros seguiram viagem.
Polícia Civil investiga carga horária de motorista
Outro ponto que está sendo investigado pela Dict faz referência à carga horária do motorista que dirigia o ônibus no momento do acidente. As investigações devem apurar sobre a carga horária dos motoristas da empresa, além de um áudio enviado pelo motorista no grupo com outros motoristas dizendo que estava com problema no freio. “Observação: muita chuva. E o carro está com problema de freio, freando só de um lado. Então, a gente está indo mais no sapatinho aí para evitar transtornos maiores”, disse na mensagem.
Em nota, a empresa Real Expresso se manifestou sobre as acusações e aos novos fatos. Leia abaixo a íntegra da nota.
A Real Expresso vem à público manifestar seu profundo pesar pelo acidente ocorrido na madrugada (2h) do dia 24/12, na BR 153, próximo à Aparecida de Goiania. O veículo trafegava na linha SP- BRASÍLIA com 49 passageiros. Foram 6 vítimas fatais e os 12 levemente feridos já estão em suas residências. A causa do acidente foi a falta de sinalização adequada da pista que encontrava-se bloqueada por conta de um buraco e em meia pista. A sinalização limitava-se à alguns cones muito próximos ao bloqueio sem qualquer informação anterior (200 metros) para o motorista que trafegava na rodovia. A Real Expresso informa ainda que o veículo estava respeitando os limites de tráfego. E o motorista não foi uma das vítimas já tendo recebido alta. A REAL continua trabalhando em conjunto com as Polícias Rodoviária e Civil para que tudo seja esclarecido o quanto antes esclarecido. Durante o decorrer do dia, novas informações serão divulgadas.
Todos os veículos da empresa, e em especial o veículo envolvido no acidente, são submetidos a um rigoroso programa de inspeção e de manutenção antes de todas as viagens, onde todos os itens de segurança são checados, como sistema de freios, pneus, luzes, sistemas de alarmes e controle de tração e frenagem, e somente são liberados para a viagem depois que a engenharia técnica libera. O veículo envolvido no acidente não apresentou nenhum problema mecânico ou técnico, e já havia percorrido mais de mil quilômetros desde São Paulo, sem apresentar qualquer problema.
Em relação ao áudio do motorista a empresa disse em nota que:
Não reconhecemos a autenticidade nem legitimidade desse áudio e isso está sendo apurado pela Polícia Civil, na investigação relativa ao acidente, e não temos nenhuma informação oficial sobre esse áudio. Com certeza a empresa está prestando toda assistência às vítimas como sempre fez em caso de qualquer incidente.