Foi remarcado para 14 de março de 2022 o júri popular dos acusados do homicídio do radialista Valério Luiz. A decisão é do juiz Lourival Machado da Costa. O crime aconteceu em julho de 2012, em Goiânia.
Até o momento, o júri já foi adiado pelo menos quatro vezes. A primeira foi em abril de 2019, quando o juiz Jesseir Coelho de Alcântara entendeu que o tribunal não tinha a estrutura necessária para a realização da sessão de um caso de grande repercussão.
Em outubro de 2019, o julgamento foi desmembrado em três sessões pelo juiz, sob alegação de não conseguir fazer o julgamento dos cinco acusados juntos também pela falta de estrutura.
Em dezembro do mesmo ano, o juiz Jessier pediu afastamento da presidência por motivos pessoais. Em 2020, o caso foi assumido pelo juiz Lourival Machado, que marcou o júri para junho, mas não foi realizado porque a defesa de um dos suspeitos solicitou a nulidade do processo.
Sobre a nova sessão remarcada para 2022, a defesa de Maurício Sampaio, apontado como mandante do crime, afirmou que aguarda ser notificada da decisão. A defesa dos outros envolvidos não foi localizada, mas o espaço continua aberto.
Caso Valério Luiz
Valério Luiz de Oliveira foi morto a tiros depois de deixar os estúdios da Rádio Jornal 820 AM. Um motociclista estava à espera do radialista na entrada da estação quando ele saía. O motorista tentou fugir, mas seu carro colidiu com outro veículo que estava estacionado na rua.
Após o acidente, o motociclista em seguida disparou sete tiros na janela do lado do motorista do veículo de Valério. A polícia e testemunhas dizem que ele foi atingido por entre quatro e seis dessas balas durante a condução, bateu em um carro estacionado, e morreu pouco depois.
À época, de acordo com a denúncia do Ministério Público, o crime foi motivado por críticas feitas pelo radialista à diretoria do Atlético, na qual Maurício era vice-diretor. Segundo o Tribunal de Justiça de Goiás, os acusados estão respondendo ao processo em liberdade.