Um homem foi preso nesta quinta-feira (11/11), em Planaltina de Goiás, no Entorno do Distrito Federal, suspeito de filmar partes íntimas de crianças. O caso foi descoberto depois que o homem perdeu o celular.
O mandado de prisão preventiva foi expedido pelo juízo da 2ª Vara Criminal de Planaltina e cumprido pela Polícia Civil de Goiás, por meio da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) de Planaltina, com apoio do Grupo de Investigação de Homicídios (GIH), e do Grupo Especial de Repressão a Narcóticos (Genarc).
Conforme investigações, coordenadas pelo delegado Thiago César de Oliveira, o investigado tinha o hábito fotografar e filmar os órgãos genitais de crianças em momentos de distração. Em alguns casos, ele filmava as crianças até mesmo durante o banho, ou em atividades do dia a dia, sempre com ênfase nas partes íntimas.
Homem suspeito de filmar partes íntimas de crianças conhecia os familiares
Segundo o delegado responsável pela investigação, o homem conhecia as famílias das vítimas, que eram todas meninas. Para a polícia, ele confessou que mantinha a prática há pelo menos um ano. “Possivelmente, era pra satisfação pessoal, mas não podemos descartar se ele divulgava ou repassava as imagens”, explica Thiago César.
Ainda segundo o coordenador das investigações, familiares desconfiaram da prática quando o suspeito perdeu o celular. “Alguém achou o telefone e viu as imagens”, conta. O delegado completa que é possível haver outras vítimas, uma vez que o investigado apagou muitos arquivos que estavam no celular.
Diante dos fatos, o suspeito será indiciado pelo crime previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente, de produzir, reproduzir, dirigir, fotografar, filmar ou registrar, por qualquer meio, cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente. Ele segue preso na cadeia pública de Planaltina à disposição da Justiça.
De acordo com a Polícia Civil, a “divulgação da imagem e identificação do preso foi precedida nos termos da Lei n.º 13.869, Portaria n.º 02/2020 – PC, Despacho do delegado titular responsável da investigação, especialmente porque visa a identificação de eventuais crimes outros cometidos pelo investigado, bem como surgimento de novas denúncias, testemunhas e elementos informativos.”.