Após decisão judicial, os 19 estudantes de medicina suspeitos de fraude documental foram liberados da prisão. Todos foram alvo de mandados de prisão na semana passada, em uma operação deflagrada pela Polícia Civil.
Na última quinta-feira (28/10), todos os suspeitos passaram por audiência de custódia, quando a justiça havia decidido manter a prisão deles. Segundo informações, os envolvidos teriam fraudado documentos para estudarem medicina.
De acordo com a UniRV, todos foram expulsos da instituição pois foram identificadas “fortes evidências de fraude documental praticada por alguns dos candidatos nos processos de “Transferência Externa” para os cursos de Medicina oferecidos na Instituição.”.
As investigações apontaram que todos os suspeitos ingressaram em cursos superiores de medicina, através de transferência externa, mediante a apresentação de documentos falsos. Ao todo, oito instituições de ensino superior de medicina no Brasil confirmaram as irregularidades na documentação.
Segundo a PCGO, os suspeitos conseguiram vagas em processos seletivos nos períodos finais do curso de medicina, restando que alguns deles, atualmente, já estavam na fase internato, ou seja, atendendo à comunidade na prestação pública de serviço médico emergências gerando, bem assim, risco à vida ou à saúde das pessoas atendidas.
A Polícia Civil ainda informou que parte dos suspeitos pagava até R$ 80 mil para conseguir entrar no curso. Agora, os investigados podem responder por falsidade ideológica e associação criminosa.
UniRV fala sobre caso de estudantes de medicina suspeitos de fraude
A documentação, com fortes indícios de falsificação, consiste em “históricos escolares” e demais impressos necessários à comprovação de matrícula como aluno regular em cursos de graduação de medicina em Instituições de Ensino brasileira, pública ou privada, devidamente autorizadas e/ou reconhecidas pelo Ministério da Educação – MEC/Brasil ou Órgão delegado por Lei.
Diante das suspeitas, como procedimento rotineiro em processos de transferência, a UniRV formalizou contato com as Instituições de Ensino que, supostamente, seriam as instituições de “origem” dos candidatos à transferência, porém, lamentavelmente, obteve a confirmação da irregularidade da documentação apresentada por vários dos pretendentes.
A Universidade de Rio Verde também entende que, ao identificar e contribuir para desmantelar esse esquema criminoso, demonstra sua preocupação e seriedade na condução de seus processos seletivos de admissão de alunos e, especialmente, com a qualidade e a ética na formação dos profissionais do amanhã.