A Polícia Civil do Distrito Federal (DF) cumpriu, na manhã desta quinta-feira (28/10), mandados de prisão e busca e apreensão em operação que combate à corrupção por meio de falsificação de documentos públicos. Há mandados em Goiás.
De acordo com as investigações, a quadrilha atuava há cerca de dez anos e teria causado um prejuízo de R$ 300 milhões aos cofres públicos do DF. Até o momento, existem 12 inquéritos na Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Ordem Tributária (DOT) que apuram os crimes do grupo.
Na ação de hoje (28), foram cumpridos sete mandados de prisão temporária e 14 de busca e apreensão no DF, cidades do Entorno e Região Metropolitana de Goiânia. Os locais são residência de contadores, empresários e outros integrantes do grupo, além de empresas suspeitas de participarem do esquema.
Os suspeitos são investigados pelos crimes de integrar organização criminosa, sonegação fiscal, falsificação de documento e uso de documento falso. Se condenados, podem pegar até 30 anos de prisão.
Operação SSP Brasil apura falsificação de documentos públicos
A ação foi denominada de SSP Brasil e, segundo as investigações, o grupo era composto por três núcleos, sendo o primeiro executivo, formado por pessoas da mesma família que falsificavam os documentos públicos utilizando espelhos de documento de identidade de várias unidades federativas.
O segundo núcleo seria o de contabilidade, composto por contadores e técnicos de contabilidade responsáveis por abrir empresas de fachada. Os sócios de tais empresas eram fictícios e inexistentes, criados com documentos fraudados pelo núcleo executivo.
O terceiro grupo era operacional, responsável por emitir notas fiscais em nome das empresas de fachada. A partir disso, obtinham créditos tributários e reduziam o recolhimento do imposto.
Na ação de hoje, participaram cerca de cem policiais da PCDF, além de equipes da PCGO. A investigação contou com a participação da Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Ordem Tributária (DOT), com auxílio da Subsecretaria da Receita da Secretária de Estado de Economia do Distrito Federal (SUREC/SEEC) e do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios, por meio da Promotoria de Defesa da Ordem Tributária.