A Polícia Civil do Estado de Goiás (PCGO), por meio do 2.º Distrito Policial de Rio Verde, coordenado pelo Delegado Danilo Fabiano, prendeu temporariamente 19 alunos de medicina suspeitos de ingressar no curso de forma ilícita. Os mandados de prisão foram cumpridos em Goianésia, Formosa e Barreiras, na Bahia.
De acordo com as investigações, todos os suspeitos ingressaram em cursos superiores de medicina, através de transferência externa, mediante a apresentação de documentos falsos. Ao todo, oito instituições de ensino superior de medicina no Brasil confirmaram as irregularidades na documentação.
Segundo a PCGO, os suspeitos conseguiram vagas em processos seletivos de transferência externa nos períodos finais do curso de medicina, restando que alguns deles, atualmente, já estavam na fase internato, ou seja, atendendo à comunidade na prestação pública de serviço médico emergências gerando, bem assim, risco à vida ou à saúde das pessoas atendidas.
Além dos alunos de medicina suspeitos de ingressar no curso de forma ilícita, pacientes denunciaram falsa médica que atuava como oftalmologista
Em outro caso, uma mulher é investigada suspeita de se passar por falsa médica e atuar como oftalmologista em Santa Helena de Goiás, no sudoeste do estado. O caso foi descoberto após denúncias de pacientes.
De acordo com a Polícia Civil, a mulher não teria a devida formação para exercer a profissão, mas atendia em diferentes locais na cidade, sem consultório fixo. Além disso, a polícia também investiga se ela atuava em parceria com ótimas para “venda casada” de óculos que ela prescrevia. O nome das empresas não foi divulgado.
O flagrante aconteceu na quinta-feira (21/10), quando a mulher foi levada para a delegacia para assinar um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO). Em depoimento, ela disse que tinha cursos na área, mas, segundo o delegado Danilo Proto, ela não comprovou ser médica.
Os pacientes que fizeram as denúncias relataram que foram atendidos pela mulher e tiveram prejuízos após receberem receitas de óculos incompatíveis. O delegado ainda afirma que algumas pessoas a procuravam com doença nos olhos, glaucoma, mas ela receitava óculos. Em outros casos, pacientes sequer precisavam de óculos, ou somente de grau baixo, mesmo assim recebiam receitas incompatíveis.
As investigações continuam pois há suspeita de que óticas na cidade estejam envolvidas, além disso, podem haver outras vítimas.
Segundo a Polícia Civil, a mulher foi liberada após prestar depoimento. Ela pode responder por exercício irregular da atividade. Como não teve o nome divulgado, o Dia Online não conseguiu contato com a defesa.