O Ministério Público de Goiás (MP-GO) realizou hoje (18) a Operação Môiras, que apura o desvio de R$ 3,5 milhões de medicamentos e produtos odontológicos em Formosa, no Entorno do Distrito Federal. Os crimes ocorreram entre os anos de 2017 e 2019. A ação cumpriu seis mandados de busca de apreensão e dois de prisão temporária nos municípios de Formosa, Goiânia e Brasília.
Segundo a entidade, foram decretadas pelo juiz Eduardo Ricco, da 3ª Vara Criminal, ações contra os suspeitos, que são o ex-secretário e a ex-chefe do almoxarifado da secretaria de Saúde de Formosa. Além de duas empresas, uma distribuidora de medicamentos de Brasília (DF), e outra prestadora de serviços de contabilidade, localizada em Goiânia.
Investigações sobre o desvio de medicamentos em Formosa
De acordo com as investigações, o esquema consistia na emissão de notas fiscais em nome do Fundo Municipal de Saúde de Formosa que eram pagas em duplicidade pelos cofres públicos com o envolvimento dos investigados.
A operação é coordenada pelos promotores de justiça Douglas Chegury e Ramiro Carpenedo, e conta com o apoio da Polícia Civil (PC) e do Centro de Inteligência do MP-GO.
O Dia Online não conseguiu contato com a defesa dos investigados. O espaço segue aberto para manifestação.
Outro caso de fraude na aquisição de remédios
Além da operação Môiras, o MP-GO e a Polícia Civil desencadearam, no mês passado, outro mandado de investigação sobre fraudes na aquisição de medicamentos em Formosa.
De acordo com o Ministério Público, a Operação Capésius, que teve como objetivo cumprir sete mandados de busca e apreensão e dois mandados de prisão temporária nos municípios de Valparaíso de Goiás, Luziânia e Brazlândia (DF).
A investigação foi desenvolvida pela 1ª Promotoria de Justiça de Formosa e identificou o desvio de R$ 2 milhões dos cofres públicos do município de Formosa entre os anos de 2020 e 2021 na compra de medicamentos judicializados (com ordem judicial para fornecimento), com dispensa de licitações.