Após passar por nova audiência de custódia na tarde desta sexta-feira (8/10), a Justiça manteve a prisão preventiva do ginecologista Nicodemos Júnior Estanislau Morais, de 41 anos, suspeito de crimes sexuais. Ele será encaminhado para o Núcleo de Custódia, em Aparecida de Goiânia.
Inicialmente, Nicodemos havia sido preso no dia 29 de setembro e liberado no dia 4 de outubro, após audiência de custódia. Entretanto, ele foi preso novamente durante a manhã após um mandado de prisão expedido pelo juízo criminal da comarca de Abadiânia, onde quatro mulheres relataram ter sido vítimas do médico.
Na decisão, o juiz Marcos Boechat Filho determinou um prazo de 48 horas para que os documentos sobre a necessidade da manutenção da prisão sejam reunidos e remetidos ao Poder Judiciário para que seja feita uma nova avaliação.
No novo inquérito instaurado em Abadiânia, ele também responde por violação sexual mediante fraude.
Ginecologista suspeito de crimes sexuais se aproveita de consultas e exames para praticar atos libidinosos, diz delegada
De acordo com a delegada Isabella Joy, titular da especializada de Anápolis, o médico aproveitava as consultas e exames ginecológicos para praticar os atos libidinosos, fazer comentários constrangedores e, até mesmo, fazer com que as vítimas tocassem a parte íntima dele. Em alguns casos, ele chegava a mandar mensagens para as vítimas após as consultas.
“Temos provas que ele mandava vídeos e falava coisas eróticas para as vítimas. Ele agia da mesma forma com as pacientes, na consulta ou no exame transvaginal”, relatou a delegada em coletiva.
Diante das suspeitas de crimes sexuais, o Conselho Regional de Medicina (Cremego) interditou o registro do médico por seis meses, impedindo-o de exercer a profissão em todo o país.
O Ministério Público está recorrendo da liberdade provisória do ginecologista concedida por um juiz de Anápolis.
A defesa do médico nega os crimes e afirma que todos os procedimentos feitos nas pacientes são de cunho profissional.
Denúncias
Possíveis vítimas do médico devem entrar em contato pelos números (62) 3328-2731/ (62) 98531-0086 WhatsApp ou através do Disque Denúncia 198, canal de denúncia anônima.