Em audiência de custódia realizada nesta sexta-feira (1º), a Justiça decidiu manter a prisão preventiva do ginecologista e obstetra Nicodemos Júnior Estanislau de Morais, de 41 anos, suspeito de crimes sexuais contra pacientes, em Anápolis.
A decisão foi proferida pelo juiz Adriano Linhares Camargo, no Fórum de Anápolis. Na audiência, a defesa do médico pediu a revogação da prisão, mas o pedido foi negado pelo magistrado. Como o caso corre em segredo, o Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO), não pôde passar informações sobre o caso.
O advogado do ginecologista, Carlos Eduardo Martins, nega que ela tenha cometido os crimes contra as pacientes e afirma que não há razões legais para que ele continue preso, pois a soltura não causará impacto no desfecho das investigações.
O médico foi preso na última quarta-feira (29/9), após denúncia de três mulheres. Até o momento, quase 50 mulheres prestaram depoimento formalmente na Delegacia de Atendimento Especializado à Mulher (Deam) contra o ginecologista. Hoje (2/10), mais vítimas devem ser ouvidas.
O inquérito deve ser finalizado na próxima terça-feira (5) e, segundo a delegada Isabella Joy, o médico pode responder pela prática dos crimes de importunação sexual, violação sexual mediante fraude e estupro de vulnerável, pois uma vítima relata que foi abusada quando tinha 12 anos.
Ginecologista suspeito de crimes sexuais em Anápolis, já possui condenação pela mesma prática
Segundo a Polícia Civil, o suspeito tem registro profissional (CRM) ativo em Goiás, Pará, Paraná e Distrito Federal. Na capital federal, o médico tem sentença condenatória por violação sexual mediante fraude. No Paraná, uma vítima também registrou ocorrência, também por violação sexual, mas o caso foi arquivado.
A orientação da delegada é que possíveis vítimas entrem em contato pelos telefones (62) 3328-2731/ (62) 98531-0069 (WhatsApp), ou por meio do Disque Denúncia 197. Uma força-tarefa foi montada e foram convocadas mais agentes mulheres e escrivãs para atender as vítimas.