Uma força-tarefa da Polícia Civil de Goiás (PCGO) cumpriu, na manhã desta quinta-feira (23/9), mandados de prisão e busca e apreensão contra 11 guardas municipais de Aparecida de Goiânia, que são investigados por tortura, extorsão mediante sequestro e homicídio qualificado.
Durante o cumprimento dos mandados, os policiais encontraram drogas na casa de um dos investigados e arma com numeração raspada na residência de outro. Até o momento, a corporação não detalhou quantas ou quais pessoas foram presas na ação.
Operação que investiga 11 guardas municipais por tortura, extorsão e homicídio, em Aparecida
A Operação Caronte tem como objetivo investigar o homicídio da vítima Maciel Batista de Oliveira, ocorrido no dia 27 de outubro de 2017, na Serra das Areias. Maciel teria sido morto após abordagem de duas viaturas da equipe de Rondas Ostensivas Municipais (Romu), da Guarda Civil de Aparecida de Goiânia.
Os guardas municipais teriam abordado um grupo de amigos que tomava banho em um córrego próximo ao Jardim Tiradentes. Na ocasião, duas viaturas chegaram ao local em busca de pessoas que tivessem passagem policial.
De acordo com a Polícia Civil, Maciel Batista tinha passagem anterior por tráfico e, por isso, passou a ser questionado se possuía armas ou drogas, os quais negou possuir. Na sequência, os guardas municipais teriam exigido a quantia de R$ 10 mil para liberarem Maciel. Entretanto, a vítima teria alegado condições de conseguir apenas R$ 2 mil.
Os guardas então teriam colocado Maciel em uma das viaturas e saído do local. Ele foi encontrado apenas no dia seguinte, morto com um tiro na cabeça. Segundo a Polícia Civil, os membros da Guarda são investigados por tortura, extorsão mediante sequestro e homicídio qualificado.
Em nota, a Secretaria Municipal de Segurança Pública informou, que “não foi acionada sobre a operação e que está à disposição para colaborar com as investigações”.