A falta de medicamentos em unidades de sáude de Goiânia tem prejudicado o atendimento à população. De acordo com o relato de alguns médicos e pacientes, falta remédios até para vômito na capital.
Os pacientes relatam que faltam medicamentos básicos e essenciais para dor, vômito, pressão alta e até para Covid-19. Os remédios são fornecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e não há possibilidades de substituir esses que estão em falta, por outros.
O maior problema é em relação aos medicamentos injetáveis, que não podem ser comprados pela população nas farmácias. Já em relação aos que podem ser comprados, segundo um paciente, já faz mais de 60 dias que ele precisa comprar os remédios por não encontrar nas unidades de saúde.
O Dia Online entrou em contato com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Goiânia e aguarda retorno.
Falta de medicamentos em Cais e Ciams, em Goiânia
A falta de medicamentos em unidades de saúde de Goiânia já é um problema antigo. No mês de julho do ano passado, o Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Único de Saúde no Estado de Goiás (SindSaúde-GO), recebeu denúncias sobre falta de remédios nos Centros de Atenção Integral em Saúde (Cais) e Centros de Assistência Integrada Médico-Sanitárias (Ciams) de Goiânia.
Na época, a SMS informou que há dificuldades em adquirir alguns medicamentos por falta do produto no mercado.
Venda irregular de remédios
Uma operação da Polícia Civil de Goiás (PCGO) desarticulou, no mês de maio deste ano, uma quadrilha especializada na venda irregular de remédios experimentais contra a Covid-19. A Operação Nisi Facilis foi deflagrada entre abril e maio.
De acordo com a PCGO, o remédio de alto custo está em falta no mercado convencional, mas a investigação apontou que o medicamento era comercializado pelos criminosos diretamente com familiares das vítimas, através das redes sociais.
A investigação revelou que uma caixa do medicamento de 200mg custa aproximadamente R$ 775,42 no mercado regular, mas estava sendo vendido por criminosos atravessadores por mais de R$ 18 mil.