Uma falsa enfermeira, de 32 anos, que atuou em três hospitais de Goiás é investigada, pela Polícia Civil de Goiás (PCGO), por um suposto estelionato. A mulher se apresentava em Goiânia como enfermeira e entregava às unidades de saúde um diploma de graduação e outro de pós-graduação, ambos falsificados.
O suposto estelionato investigado pela Polícia Civil é de um período em que a mulher teria trabalhado com serviços administrativos em uma clínica de estética, no Setor Marista, em Goiânia.
A falsa enfermeira é investigada por ter feito uma Transferência Eletrônica Direta (TED) falsa no valor de R$ 1.736. O caso teria ocorrido em outubro de 2020, quando a vítima teria contratado ela para realizar atendimentos pós-operatórios em uma clínica de estética.
De acordo com o boletim de ocorrência, a mulher teria conquistado a confiança e então passou a exercer outras funções administrativas no estabelecimento. A denúncia formalizada na polícia é de que a falsa enfermeira teria recebido o dinheiro na própria conta e não repassado de forma integral à clínica, se apropriado de próteses de silicone e emitido comprovantes falsos para fornecedores.
Documentação entregue pela falsa enfermeira ao Coren-GO
Com os diplomas falsificados de graduação e pós-graduação em enfermagem, a falsa enfermeira conseguiu uma carteira profissional no Conselho Regional de Enfermagem de Goiás (Coren-GO) e ocupou cargos em pelo menos três hospitais de Goiânia de 2019 a 2021.
A documentação entregue ao Coren-GO e às unidades de saúde, diz que a falsa enfermeira teria se formado em enfermagem pela Universidade Salgado de Oliveira (Universo), em Goiás, em 2011, quando tinha 23 anos de idade.
Já em fevereiro de 2015, a mulher teria se especializado em ginecologia e obstetrícia na Faculdade Unida de Campinas (FacUnicamps). Porém, o histórico escolar não corresponde com a documentação entregue.
A mulher chegou a exercer a função de chefe de enfermagem no Hospital Estadual e Maternidade Nossa Senhora de Lourdes (HEMNSL), com um salário de mais de R$ 10 mil. Ela que é natural de Belém (PA), já foi condenada pela Justiça Federal por apresentar diploma falso e carteira funcional ilegítima, além de exercer a profissão no Hospital Cândido Rondon (HCR), em Rondônia, de 2012 e 2014.