A Polícia Civil de Goiás (PCGO), com apoio da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), efetuou a prisão de três pessoas suspeitas de aplicar golpe na venda de falsa herança. Além disso, foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão.
O trio é investigado por formação de associação criminosa e prática de diversos estelionatos continuados contra oito vitimas, sendo que ao menos três delas são servidores públicos.
De acordo com a polícia, durante aproximadamente dois anos os investigados enganavam as vítimas ofertando a possibilidade de aquisição de bens supostamente atrelados a uma herança. Por isso, ofereciam veículos e residências por valores muito abaixo do mercado, como automóveis por R$ 5 mil e imóveis residenciais por R$ 20 mil.
Atraídas pelas ofertas tentadoras, as vítimas adquiriram os supostos bens após a visualização de fotografias, sem certificação de que eles realmente existiam. Após os pagamentos, os estelionatários apontavam a pandemia de Covid-19 como justificativa para a morosidade do processo de herança e por consequência da disponibilização dos bens aos compradores.
Diante disso, após diversas diligências, um casal foi preso em Brasília e uma mulher em Goiânia. A Polícia Civil estima que os prejuízos aos compradores superam R$ 120 mil. A Justiça já determinou o bloqueio das contas bancárias dos detidos para garantir o ressarcimento dos prejudicados.
Além dos suspeitos de aplicar golpe de falsa herança, outros são presos por fraude eletrônica, em Goiás
O Grupo de Repressão a Estelionato e Outras Fraudes da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (GREF/DEIC) prendeu em flagrante três homens, de 27, 30 e 31 anos, e uma mulher, de 20 anos, suspeitos de estelionato mediante fraude eletrônica.
De acordo com a PCGO, trata-se do “golpe do novo número”, quando os criminosos utilizaram fotos dos filhos das vítimas no perfil de um aplicativo de mensagens para pedir dinheiro, alegando que já haviam excedido o limite diário no próprio banco.
Foram identificadas pelo menos duas vítimas até o momento, de 57 e 67 anos de idade, residentes em Porto Alegre/RS. Os golpes ocorreram nos dias 26 e 27 de agosto de 2021. No primeiro caso, a vítima teve um prejuízo de R$ 19.980, já no segundo a vítima foi lesada em R$ 10.796.
Após as diligências, os suspeitos foram identificados e presos nos setores Jardim Monte Cristo, em Aparecida de Goiânia; Setor Central em Aragoiânia; Santa Genoveva e Aeroviário, em Goiânia.
Durante o interrogatório, dois dos suspeitos confessaram que eram os responsáveis por juntar pessoas interessadas em alugar contas e ainda repassavam, ao final, a maior parte do dinheiro do crime à integrantes da associação criminosa recolhidos no sistema prisional. Além disso, os donos de conta “alugadas” confessaram que recebiam 5% pelos valores que ingressassem e, em seguida, tinham como obrigação repassar os demais montantes aos intermediários.
Os suspeitos foram encaminhados ao presídio, onde se encontram à disposição da Justiça. A investigação continua para identificar outros possíveis envolvidos.