O Ministério Público de Goiás (MPGO) denunciou cinco pessoas, integrantes de uma organização criminosa, pela morte do policial penal Elias Sousa Silva e sua mulher, Ana Paula Silva Dutra, em Aparecida de Goiânia. A denúncia é de homicídio triplamente qualificado e organização criminosa, com pena agravada, em razão do uso de arma de fogo.
O crime aconteceu em fevereiro deste ano nas imediações do Complexo Prisional de Aparecida. O promotor de Justiça Milton Marcolino dos Santos Júnior manifestou-se a favor da prisão preventiva dos investigados para a garantia da ordem pública, em vista da gravidade da infração, repercussão penal, periculosidade do agente e risco de reiteração de ações delituosas.
Morte de policial penal e sua mulher em Aparecida foi ordenada dentro da cadeia
Na denúncia, o promotor de Justiça Milton Marcolino dos Santos Júnior relata que um dos suspeitos ordenou, de dentro do presídio, aos seus quatro comparsas que matassem o primeiro policial penal que saísse do complexo prisional em uma determinada data, como forma de retaliação pela perda de privilégios dos detentos. Elias foi o primeiro a sair do Complexo após o término de seu plantão.
O detento entregou certa quantia em dinheiro para um dos comparsas para que ele comprasse um carro para ser usado na data do crime.
Na manhã de 18 de fevereiro deste ano, o policial penal Elias de Sousa saiu do Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia e encontrou a mulher, que foi buscá-lo na saída do serviço. Em seguida, enquanto as vítimas trafegavam pelas ruas, os criminosos emparelharam o carro com o veículo do casal e atiraram várias vezes, acertando as vítimas e fugindo em seguida.
Os dois não resistiram e acabaram morrendo, em razão dos ferimentos. Depois dos homicídios, os suspeitos colocaram fogo no carro usado para o crime. Posteriormente, eles fugiram para o Rio de Janeiro, onde ficaram abrigados em uma favela da cidade, sob a proteção de membros de uma facção criminosa. Quando eles voltaram para Goiás, foram presos pela polícia.