A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) cumpriu, na manhã desta quinta-feira (26/8), um mandado de busca e apreensão na casa do secretário de Estado de Saúde de Goiás, Ismael Alexandrino, que mora no condomínio Aldeia do Vale, em Goiânia.
A ação faz parte da Operação Medusa, que tem como objetivo investigar fraudes em contratações feitas pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (Iges-DF), em 2018. Ao todo, foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão, sendo quatro em Goiás e quatro no Distrito Federal.
A operação foi deflagrada pelo Departamento de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado da PCDF para apurar a atuação de um suposto grupo criminoso na prestação de serviços de radiologia e imagem.
Segundo as investigações, havia diversos problemas na elaboração dos elementos técnicos dos atos convocatórios, ignorando por completo o princípio da economicidade. Além disso, também foi verificado aparente direcionamento do processo seletivo à empresa à época contratada.
Secretário de Saúde Ismael Alexandrino não estava em casa durante cumprimento de mandados
Ismael Alexandrino está em Brasília para uma reunião da comissão bi-partite de saúde, por isso, não acompanhou as buscas. Conforme relatou, em sua casa foi apreendido um pen drive e uma espingarda, que pertencia a seu pai e foi deixada à ele como herança. A polícia não informou o que foi apreendido.
Alexandrino atuou na gestão do ex-governador Rodrigo Rollemberg (DF) e foi diretor do Instituto Hospital de Base (IHBDF) em 2018. Segundo ele, o Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (Iges-DF) teria sido fundado após sua saída de Brasília. Ele afirmou que ‘está tranquilo’ e não foi acionado para prestar esclarecimentos, mas vai colaborar caso seja chamado.
“Até onde eu sei, é uma investigação da gestão atual do IGES-DF. Nunca fui do IGES, ele foi fundado depois que eu saí. Fui o último Diretor-Presidente do Hospital de Base antes do IGES, de forma que encaro como natural quererem investigar os gestores anteriores também e não só os atuais.”, disse.