Dez pessoas foram presas na manhã desta quinta-feira (26/8) suspeitas de homicídios, ameaças e agiotagem na cidade de Rio Verde, no sudoeste de Goiás. A operação é fruto de uma força-tarefa da Polícia Civil (PC) em Goiânia, envolvendo cerca de 100 agentes.
De acordo com a PC, a ação visa desarticular organização criminosa de alta periculosidade responsável pela prática dos crimes de homicídio e coação na região sudoeste do estado. Ao todo, foram cumpridos dez mandados de prisão e dez de busca e apreensão. A polícia encontrou armas, dinheiros e cheques nas casas dos presos.
Entre os detidos estão quatro policiais militares, sendo um tenente coronel, um subtenente, e dois sargentos. O tenente coronel foi preso em Goiânia e os outros em Rio Verde. Além disso, outro preso seria o réu que responde pela morte do jornalista Valério Luiz de Oliveira, em julho 2012.
Investigação dos suspeitos homicídios, ameaças e agiotagem em Rio Verde
As investigações apontam que a organização criminosa obtinha dinheiro com pessoas de alto poder aquisitivo e repassava os valores em ações de agiotagem. Em alguns casos, eles extorquiam credores e devedores e chegaram a ameaçar promotores e delegados responsáveis pela investigação das práticas delitivas.
Além disso, o grupo também é apontado como responsável pela morte de um fazendeiro, assassinado à luz do dia, no dia 3 de setembro de 2018, no centro da cidade, a quem devia cerca de R$ 700 mil. Os militares teriam envolvimento com a execução.
Diante dos fatos, os envolvidos devem responder pela prática dos crimes de homicídio doloso qualificado, associação criminosa, falsidade ideológica, fraude processual, coação no curso do processo e usura.
O Dia Online entrou em contato com a assessoria da Polícia Militar (PM) e aguarda posicionamento sobre as prisões dos militares.