O Dia Nacional do Ciclista, celebrado em 19 de agosto, é para a sociedade um dia de conscientização e de busca por novos caminhos para a mobilidade. Em Goiânia, a causa é ainda maior, pois quem pedala precisa enfrentar dificuldades todos os dias, especialmente por causa da falta de estrutura.
Os problemas mais enfrentados pelos ciclistas na capital são a falta de ciclovias, ciclofaixas, sinalização e iluminação. Tudo isso atrelado à falta de respeito e conscientização de motoristas causam diversos acidentes. Segundo dados da Secretaria de Mobilidade, a capital conta apenas pouco mais de 90 km de ciclovias, ciclofaixas e ciclorrotas.
Os ciclistas, que constantemente dividem o trânsito com outros veículos, como carros, motocicletas e ônibus, enfrentam problemas em locais como Campinas, que não há sequer espaço destinado para quem é adepto ao pedal. O mesmo acontece em toda a extensão da Avenida Anhanguera, Castelo Branco, 24 de Outubro e diversos outros pontos.
Enfrentando a falta de estrutura em Goiânia, ciclistas pedem respeito e conscientização
A prática de pedalar está sendo cada vez mais adotada, seja por lazer ou também como principal meio de transporte, entretanto, os ciclistas relatam o medo de trafegar na capital. Lucas Souza, de 26 anos, usa a bicicleta como meio de locomoção para o trabalho e relata as dificuldades que enfrenta diariamente.
“A maior dificuldade de um ciclista em Goiânia são as ciclovias, certamente. A gente não tem uma segurança pra trafegar de bicicleta em todas as ruas, em todas as avenidas de Goiânia. Em muitos lugares disputamos espaço com outros veículos e nós, ciclistas, somos praticamente invisíveis. Por isso, corremos risco de sofrer um acidente, que pode ser até mesmo fatal”.
Lucas ainda relata que no trecho que faz até o trabalho não há nenhum espaço destinado para ciclistas e essa falta de estrutura torna a vida do ciclista ainda mais difícil. “A ausência de ciclovias e a continuidade delas de um setor para o outro, além da devida sinalização, como iluminação, ciclofaixas, ciclorotas, torna nossa vida ainda mais difícil, pois não temos o devido respeito no trânsito e, pelo visto, nem da administração municipal”.
Trechos de ciclovias na capital
Sem ligação entre os bairros, Goiânia possui pouco mais de 90 km de ciclovias, ciclofaixas e ciclorotas implantadas. Nos locais onde não há espaço adequado, os ciclistas se viram como podem para manter a segurança enquanto pedala.
Ciclovias
- Av. Universitária/ Pç. Cívica: 3 km
- Av. T-63: 5 km
- Av. Circular: 1,4 km
- Av. Assis Chateaubriand: 2,6 km
- Av. Couto Magalhães: 0,45 km
- Av. dos Alpes: 1,5 km
- Parque Flamboyant: 1,9Km
- Parque Leolídio di Ramos Caiado: 1,8Km
- Parque Macambira Anicuns: 16,6Km
Ciclofaixas
- Lago das Rosas/ Zoológico: 3 km
- Parque Areião: 2,5 km
- Parque Vaca Brava: 1,2 km
- Ligação Vaca Brava – Areião: 2,5 km
- Ligação Lago das Rosas – Parque Vaca Brava: 5,5 km
- Jardim Botânico: 3,2 km
- Irisville: 1,2 km
Ciclorotas
- Av. Cora Coralina até Av. T-63: 4 km
- Corredor Rua 90 até Pç. Cívica: 3,6 km
- Av. Contorno/Perimetral Norte ao Bairro São Carlos/ Av. dos Ipês: 19,62 km
- Centro/Zona 40: 3,1 km
- Jardim Botânico/Av. Circular :1,75 km
- Rua T-36 até Rua 15 e Rua 11: 2,5 km
- Rua 9 até Rua T-37: 2,5 km
- Av. T-63 até Av. Alpes: 3,65Km