Uma operação do Ministério Público de Goiás (MPGO) cumpre, nesta segunda-feira (16/8), dez mandados de busca e apreensão no gabinete do presidente da Câmara de Vereadores de Formosa, no Entorno do Distrito Federal (DF), e nas residências de ex-vereadores e ex-secretários do município.
O objetivo da Operação Críton é apurar um esquema criminoso de dispensa indevida de licitações. Estima-se que o prejuízo causado aos cofres públicos ultrapasse o valor de R$ 20 milhões. Caso haja condenação, os investigados podem pegar uma pena de dois a 12 anos de reclusão.
Investigação que apura supostos crimes cometidos pelo presidente da Câmara de Formosa, ex-vereadores e ex-secretários
De acordo com as investigações, prefeitos e secretários executaram o esquema de dispensa indevida de licitações. Desta forma, centenas de apoiadores teriam sido contratados para prestar serviços sem realização de concurso público, configurando contratação ilegal.
Segundo o MPGO, o esquema funcionava a partir da Cooperativa de Catadores de Lixo (Cooperativa Recicla) que intermediava as contratações. Conforme as apurações, os investigados se aproveitavam da condição de vereadores e secretário para solicitar a vantagem indevida.
A suposta ação configura crime de corrupção passiva. Em caso de condenação, os investigados estão sujeitos a uma pena de reclusão de dois a 12 anos.
O nome da operação faz alusão a um diálogo entre o filósofo grego Sócrates e seu discípulo Críton acerca dos conceitos de Justiça e de dever.
O Dia Online tenta contato com os alvos da operação. O espaço segue aberto para manifestação.
Prisões no esquema fraudulento
Em julho deste ano, um desdobramento da Operação Treblinka 2019 resultou na detenção em regime semiaberto e ressarcimento aos cofres públicos de outros envolvidos no suposto esquema, como os ex-prefeitos Ivo de Campos Faria e Itamar Sebastião Barreto, além dos ex-secretários Abílio de Siqueira Filho, Eduardo Leonel de Paiva e Gilmar Francisco de Sousa, e da funcionária da cooperativa Flavineide Rocha.