Um vereador de Anápolis, do Partido da Mobilização Nacional (PMN), é alvo de uma operação da Polícia Civil de Goiás (PCGO) por suspeita de prática de rachadinha em seu gabinete.
A Operação Split Pay foi deflagrada na manhã desta quinta-feira (12/8), por meio da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra a Administração Pública (Dercap). No total, dez mandados de busca e apreensão foram cumpridos no gabinete do vereador na Câmara Municipal, em sua residência e endereços de terceiros.
O objetivo é recolher provas do suposto esquema, que investiga a suposta prática do crime de peculato, além de outros conexos e semelhantes, diante da suspeita da chamada “rachadinha” existente no gabinete do vereador.
De acordo com a Polícia Civil, ainda não há elementos para cumprimento de mandados de prisão. A identidade do político não foi divulgada pela PCGO.
Assessores do vereador de Anápolis também teriam participação em suposto esquema de rachadinha
Conforme apontam as investigações, a Polícia Civil identificou que ao menos seis assessores participavam do suposto esquema de rachadinha. Além disso, dois deles são considerados funcionários fantasmas. Agora, a polícia apura se os outros quatro chegaram a trabalhar no gabinete ou se também eram funcionários fantasmas.
Durante a operação, também foram cumpridos mandados de busca e apreensão em residências e estabelecimentos comerciais pertencentes as pessoas com suspeita de participação no esquema. De acordo com o delegado Davi Freire Rezende, responsável pelo caso, os assessores recebiam aos salários e devolviam cerca de 50% para o vereador.
Como ainda não há elementos para o cumprimento de mandados de prisão, a operação se concentra no recolhimento de provas para dar andamento nas investigações.
A operação Split Pay, tradução livre para o inglês do termo rachadinha, contou com a participação de mais de 40 policiais civis, pertencentes à Dercap, 3a DRP – Anápolis e Gerência de Inteligência da Polícia Civil. O vereador não teve a identidade relevada pela Polícia Civil.