Um processo administrativo impôs um sigilo de cinco anos às informações sobre os gastos da Polícia Civil de Goiás (PCGO) na operação de buscas a Lázaro Barbosa, morto em confronto policial no último dia 28 de junho, em Águas Lindas de Goiás, no entorno do Distrito Federal (DF).
O caso foi revelado pelo jornal Correio Braziliense, que solicitou acesso a dados como os custos envolvidos para capturar o criminoso por meio de um pedido feito via Lei de Acesso à Informação.
A operação de buscas durou cerca de 20 dias e envolveu policiais, viaturas, helicópteros e dezenas de equipamentos, como drones e outros. De acordo com o delegado-geral adjunto da Polícia Civil, Deusny Filho, uma das alegações para o sigilo é a exposição de equipamentos que a instituição dispõe para investigações e operações policiais.
Além disso, outro motivo apontado para a não divulgação dos dados é que eles podem revelar qual a estratégia e os recursos utilizados para o ‘sucesso da missão’ e quais projetos futuros restaram prejudicados com a referida situação.
Segundo o documento, assinado pelo delegado-geral, o sigilo é apenas sobre os dados referentes aos gastos da Polícia Civil e não de toda a operação. Por isso, o sigilo não abrange outras instituições, como a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros.
Seis pessoas são presas suspeitas de envolvimento com o caso Lázaro Barbosa
Na última sexta-feira (23/7), uma operação conjunta da Polícia Civil, Militar, Federal e Rodoviária Federal (PRF), prendeu seis pessoas suspeitas de envolvimento com o caso Lázaro Barbosa, em Goiás.
De acordo com o titular da Secretaria de Segurança Pública de Goiás (SSP-GO), Rodney Miranda, durante a Operação Anhanguera três pessoas foram presas por homicídio e três por tráfico de drogas. A operação também cumpriu 37 mandados de busca e apreensão.
Segundo o secretário, as prisões têm relação direta ou indiretamente com o caso Lázaro Barbosa. Ele ainda afirma que sete ou oito inquéritos já foram concluídos e que depois os desfechos serão apresentados.