A Polícia Civil de Goiás (PCGO) está investigando a morte de dois pacientes após uma queda de energia no Hospital de Campanha (HCamp) de Porangatu, na região norte de Goiás. Um idoso de 76 anos e outro de 70 morreram na unidade. Será investigado se os óbitos têm relação com a pane.
Uma árvore teria caído sobre a rede elétrica e danificado um aparelho que gera oxigênio para o HCamp. Além dos pacientes que morreram, outros 11, foram transferidos para um hospital em Uruaçu, a 130 km de distância.
De acordo com a Prefeitura de Porangatu, a árvore caiu dentro de um imóvel particular por volta das 13h de domingo (11/7), atingiu a fiação elétrica e derrubou um poste, interrompendo o fornecimento de energia na região. Em seguida, o gerador do hospital foi acionado, porém, o aparelho que fornece o oxigênio ficou danificado.
Segundo o secretário de Saúde do município, Rafael Miguel, a árvore comprometeu toda a parte elétrica, o HCamp ficou sem energia e, com isso, foi acionado o gerador e ele aciona o compressor da rede de gases. Esse compressor teve um problema pela carga excessiva de energia.
Aparelho que gera oxigênio para o HCamp de Porangatu pode ter sido danificado por falta de manutenção
Os 11 pacientes foram transferidos em ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e do Corpo de Bombeiros Militar de Goiás (CBMGO). Elas foram escoltados pela Polícia Rodoviária Federal (PRF).
Por meio de nota, a Prefeitura de Porangatu ressaltou que “em momento algum faltou energia, medicamento ou oxigênio aos pacientes em atendimento. […] Esclarecemos que não ocorreram mortes de pacientes no transporte, e que foram observadas todas as normas técnicas de segurança que o caso requer”.
A empresa que faz manutenção do equipamento danificado foi chamada para fazer os reparos necessários. Segundo o delegado Luciano Santos da Silva, o sistema que faz produção do oxigênio sofreu um defeito e a correia quebrou, além disso, a polícia recebeu informações de que isso pode ter acontecido por falta de manutenção. “Vamos apurar se houve omissão por parte da Secretaria de Saúde ou do município”, afirmou.