Desde a última sexta-feira (9/7) equipes dos bombeiros militares combatem um incêndio de grandes proporções no Parque Nacional das Emas, em Goiás. De acordo com a corporação, cerca de 70 pessoas estão envolvidas na operação de combate ao fogo que atinge uma área aproximada de 15 mil hectares da vegetação.
Conforme informações, o fogo dentro do parque já foi contido, mas ainda está em fazendas no entorno, ameaçando entrar em alguma outra área. Segundo os bombeiros, o tempo seco e os fortes ventos dificultam o trabalho durante o combate às chamas.
O incêndio teria começado durante a construção de aceiros, que são faixas ao longo das cercas para prevenir a passagem do fogo para área de vegetação, evitando que queimadas ou incêndios se alastrem e causem grandes prejuízos.
Bombeiros combatem incêndio no Parque Nacional das Emas e queimadas em Goiás aumentam 40%
De janeiro até o início de julho deste ano, o Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás atendeu mais de 2.600 ocorrências de incêndio florestal, sendo em vegetação ou cultura agrícola. Em relação ao ano passado, o número é 40% maior.
Até o momento, junho é o mês com mais registros de incêndios em vegetação, sendo 1.109. Em seguida estão os meses de maio (807), abril (287) e julho, que já registra 178 ocorrências.
Provocar incêndio em vegetação é crime
O CBMGO explica que além de prejudicar a qualidade do ar, o fogo coloca em risco a fauna e flora da região e as residências vizinhas. A Lei de Crimes Ambientais, nº 9.605 de 1998, no artigo 54, descreve o crime de poluição, que consiste no ato de causar poluição, de qualquer forma, que coloque em risco a saúde humana ou segurança dos animais ou destrua a flora.
Ainda conforme a corporação, um exemplo clássico desse tipo de crime é a queimada de lixo doméstico, que emite poluição na forma de fumaça, causa risco de incêndio para as habitações locais, destrói a vegetação e pode causar a morte de animais que ocupem as redondezas.