Nesta segunda-feira (5/7), foi promulgada a lei que inclui gestantes e puérperas (mulheres que estão no período até 45 dias após o parto), no grupo prioritário de vacinação contra a Covid-19, em Goiânia. Elas devem ser vacinadas independente de terem ou não comorbidades.
O projeto de autoria do vereador Ronilson Reis foi aprovado na Câmara, em primeira e segunda votação e, posteriormente, encaminhado ao prefeito de Goiânia, Rogério Cruz, que deixou passar o prazo de 15 dias e não sancionou e nem vetou a proposta, que retornou para o Poder Legislativo que promulgou a matéria, tornando lei no município.
O aumento do número de gestantes contaminadas pela Covid-19 e o agravamento do quadro clínico teriam motivado Ronilson Reis a apresentar a proposta. De acordo com ele, o risco às gestantes e puérperas está relacionado à imunodeficiência relativa associada a adaptações fisiológicas durante o período da gravidez e pós-parto.
Gestantes e puérperas devem ser vacinadas independente de comorbidades e Anvisa propõe suspensão da vacinação de grávidas com Janssen e AstraZeneca
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) propôs a suspensão da aplicação das vacinas AstraZeneca e Janssen em grávidas. Dessa forma, mulheres grávidas devem receber doses da Pfizer ou Coronavac.
A recomendação se aplica porque esses imunizantes usam a tecnologia de vetor adenoviral. Em maio deste ano, a Anvisa já tinha recomendado a suspensão do uso da AstraZeneca para este grupo. Na última sexta-feira (2/7), a agência ampliou também a orientação para a vacina da Janssen. O motivo para a suspensão seria a suspeita de trombose causada pela vacina.
Um estudo da Universidade de Oxford já mostrou que o risco de pacientes diagnosticados apresentarem casos de trombose é cerca de dez vezes maior do que entre as pessoas vacinadas.
“A Anvisa reforça a relação benefício-risco favorável das vacinas contra Covid-19 autorizadas para uso no país, sendo essencial a continuidade da imunização da população”, afirmou a Anvisa.