Um homem de 33 anos foi condenado a 18 anos e seis meses de prisão por forjar suicídio da esposa em Luziânia, no Entorno do Distrito Federal. O caso aconteceu em março de 2017, mas o homem foi condenado somente no dia 29 de junho deste ano. A dentista, na época com 26 anos, descobriu que estava sendo traída pelo marido e após matá-la o homem simulou o suicídio da vítima.
O corpo da dentista foi encontrado no dia 10 de março de 2017. A mulher estava sentada em uma cadeira com um fio amarrado ao pescoço e na outra ponta, do lado de fora da sacada, estava uma pia pendurada.
O ex-assessor de microempresas, na época, contou à polícia que a dentista havia sumido na noite anterior a sua morte, e que ele pegou os filhos, um de 11 anos e um bebê de um ano e saiu para procurá-la pelo condomínio.
Segundo ele, sem sucesso nas buscas, teria levado as crianças para a casa da mãe da mulher e voltou ao apartamento na companhia de um primo da vítima e juntos, eles teriam encontrado o corpo da dentista.
Homem montou cenário para forjar suicídio de esposa
As investigações apontaram que o homem matou a dentista asfixiada e depois montou uma cena induzindo que ela teria se matado. Ele tentou fugir e foi preso no dia 19 de abril de 2017, ao ser parado em uma blitz quando conduzia o carro da mãe da vítima, em Santa Catarina. O veículo havia sido emprestado para a dentista.
A condenação do ex-assessor aconteceu após um júri presidido pelo juiz Marco Antônio Azevedo Jacob de Araújo, do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJ-GO). A audiência, que teve cerca de 40 horas de duração, terminou às 23h30 de terça-feira (29/6).
O juiz considerou fútil o motivo do crime, que foi cometido após a vítima descobrir que o marido estava tendo relacionamentos extraconjugais com outras mulheres. O homem cumprirá pena por fraude processual, apropriação de coisa alheia e homicídio qualificado consumado.