O ex-governador e presidente do PSDB em Goiás, José Eliton é um dos alvos da Operação Terra Fraca, que apura um possível desvio de recurso público da Agência Goiana de Infraestrutura e Transportes (Goinfra), antiga Agetop.
Conforme informações, os policiais estiveram na manhã desta terça-feira (15/6) em endereços ligados à Eliton. O celular do político e um pen-drive teriam sido apreendidos pelos policiais.
O objetivo é apurar um contrato para execução de obras na GO-230, entre os municípios de Água Fria e Mimoso de Goiás. A construtora responsável teria participação no esquema de lavagem de dinheiro através de superfaturamento de contratos.
De acordo com a Delegacia Estadual de Combate à Corrupção (Deccor), a operação investiga o desvio de até R$ 46 milhões.
Em nota, a Goinfra esclareceu que a investigação apura os desvios entre os anos de 2013 e 2018 e a “atual gestão da agência está à disposição das autoridades policiais para colaborar com a investigação.”.
O tucano herdou o cargo em abril de 2018, após a renúncia de Marconi Perillo (PSDB) para disputar o Senado. Tentou a reeleição, mas acabou derrotado já no primeiro turno pelo atual governador, Ronaldo Caiado (DEM).
O Dia Online entrou em contato com a assessoria do presidente do PSDB em Goiás e com o partido, mas não obteve resposta até a publicação desta reportagem. O espaço continua aberto.
Operação que ex-governador José Eliton é alvo apura desvio de dinheiro público da Goinfra
Uma operação da Polícia Civil de Goiás (PCGO), por meio da Delegacia Estadual de Combate à Corrupção (Deccor), apura um possível desvio de dinheiro público da Agência Goiana de Infraestrutura e Transportes (Goinfra), antiga Agetop.
A Operação Terra Fraca foi deflagrada na manhã desta terça-feira (15/6) e investiga o envolvimento de empresas privadas, servidores da Agetop e também do núcleo político e financeiro que gerenciava os contratos da agência, garantindo tanto os pagamentos, quanto a operacionalização de lavagem de dinheiro.
De acordo com a Polícia Civil, empresas privadas e pessoas físicas são investigadas por peculato, organização criminosa, superfaturamento de obra e lavagem de capitais.
Até o momento, foram cumpridos 12 mandados de buscas, sendo dez em Goiás e dois no Tocantins. São investigadas sete pessoas físicas e sete pessoas jurídicas.