Uma operação da Polícia Civil de Goiás (PCGO), por meio da Delegacia Estadual de Combate à Corrupção (Deccor), apura um possível desvio de dinheiro público da Agência Goiana de Infraestrutura e Transportes (Goinfra), antiga Agetop.
A Operação Terra Fraca foi deflagrada na manhã desta terça-feira (15/6) e investiga o envolvimento de empresas privadas, servidores da Agetop e também do núcleo político e financeiro que gerenciava os contratos da agência, garantindo tanto os pagamentos, quanto a operacionalização de lavagem de dinheiro.
De acordo com a Polícia Civil, empresas privadas e pessoas físicas são investigadas por peculato, organização criminosa, superfaturamento de obra e lavagem de capitais.
Até o momento, foram cumpridos 12 mandados de buscas, sendo dez em Goiás e dois no Tocantins. São investigadas sete pessoas físicas e sete pessoas jurídicas.
Veja a nota divulgada pela Goinfra
A propósito das investigações da Operação Terra Fraca, desencadeada pela Delegacia de Combate à Corrupção (Deccor) da Polícia Civil de Goiás, a Agência Goiana de Infraestrutura e Transportes (Goinfra) informa o que se segue:
– A investigação apura desvio de recursos públicos da antiga Agetop (Agência Goiana de Transportes e Obras), entre os anos de 2013 e 2018.
– A atual gestão da agência está à disposição das autoridades policiais para colaborar com a investigação.
Além da operação apura desvio de dinheiro público da Goinfra, outra apura crimes no Detran-GO
A Delegacia Estadual de Combate à Corrupção deflagrou, no último dia 1º, uma operação que apura crimes contra a administração pública. A Polícia Civil cumpriu 13 mandados de busca e apreensão, afastamento funcional de três servidores que atuam no Departamento Estadual de Trânsito (Detran-GO), sequestro de bens móveis e imóveis, sequestro de valores até o montante de R$ 1.225.000,00 e um mandado de prisão preventiva.
A investigação começou em novembro de 2020, a partir de comunicação do Detran-GO que realizou auditoria em processos de registros de estrangeiros que resultaram na emissão de CNHs por meio de requerimento de condutor habilitado em país estrangeiro. Inicialmente foi verificado a existência de um número fora do normal de processos abertos do gênero e a repetição de numeração de passaportes para candidatos diferentes.
Levantamentos iniciais indicaram fraudes em processos de habilitação nos anos de 2019 e 2020, mas também há indícios da existência de fraudes e corrupção no âmbito do Detran-GO em anos anteriores.
De acordo com a Polícia Civil, a organização criminosa era composta por funcionários públicos e despachantes responsáveis por reunir interessados em obter a CNH sem a realização das provas. Para tal processo, pediam o pagamento de uma quantia que girava em torno de R$ 5 mil a R$ 8 mil por habilitação.