De acordo com a Prefeitura de Goiânia, uma linhagem da variante de Manaus causou o surto de Covid-19 em um abrigo de Goiânia, no final do mês de maio deste ano.
O resultado do sequenciamento genético, realizado a partir de material coletado nos idosos e colaboradores do abrigo, é a P.1.2, uma linhagem da variante de P.1 de Manaus.
Segundo a Prefeitura, o laboratório que realizou o sequenciamento já tinha identificado a nova linhagem na 19ª Semana Epidemiológica, entre os dias 9 a 15 de maio.
De acordo com o superintendente de Vigilância em Saúde da Secretaria de Saúde de Goiânia, Yves Mauro Ternes, a nova linhagem pode estar relacionada ao repique da segunda onda da Covid-19 na capital.
Yves Ternes explica que essa linhagem tem alto potencial de transmissão e de virulência, ou seja, além de transmitir com muita facilidade, ela também tem uma grande capacidade de causar a doença.
Dos 18 idosos e 12 trabalhadores do abrigo, 14 testaram positivo para Covid-19, sendo nove idosos de cinco trabalhadores, a maioria foi assintomático e ninguém desenvolveu a forma grave da doença.
“Acreditamos que isso se deve ao fato de todos terem sido vacinados com a Coronavac entre janeiro e fevereiro, ou seja, nossa conclusão é que realmente a vacina funciona evitando que as pessoas infectadas fiquem doentes”, afirma o superintendente.
Variante de Manaus é a mais contagiosa encontrada em 93% de casos estudados em Goiânia
No dia 17 de março deste ano, o Secretário Municipal de Saúde de Goiânia, Durval Pedroso, divulgou em coletiva de imprensa o resultado das análises das novas cepas do coronavirus que circula em Goiás. A variante mais contagiosa da Covid-19 foi encontrada em 93% dos casos estudados em Goiânia.
De acordo com o secretário, de 30 amostras 28 testaram positivo para a nova variante de Manaus, tecnicamente chamada de P1. Essa cepa é considerada mais agressiva que outras predominantes na primeira onda da pandemia. As amostras foram colhidas aleatoriamente na capital e o estudo foi realizado pelo laboratório da UFG a pedido da prefeitura.
Segundo Pedroso, essa variante tem o poder de contágio e transmissão muito maior e atinge mais pessoas mais jovens, diferentemente do que era observado na onda anterior, onde pessoas idosas e com comorbidades eram mais acometidas pela doença.