Na manhã desta terça-feira (1º/6), quatro pessoas foram presas suspeitas de aplicar golpes pelo Whatsapp em várias cidades de Goiás. As prisões aconteceram durante a Operação Bença Tia Digital, coordenada pela Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Cibernéticos (Dercc).
Além dos quatro mandados de prisão temporária, também foram cumpridos 15 mandados de busca e apreensão em oito cidades de Goiás. Segundo a Polícia Civil de Goiás (PCGO), o cumprimento dos mandados é resultado de oito meses de investigações realizadas pela equipe da Dercc.
Durante as investigações a Polícia Civil identificou 15 suspeitos, em oito cidades do estado de Goiás, sendo elas, Goiânia, Aparecida de Goiânia, Senador Canedo, Anápolis, Alexânia, Águas Lindas, Luziânia e Nova Crixás. Eles são investigados por golpes que resultaram em mais de R$ 260 mil de prejuízo para três vítimas.
De acordo com a PCGO, o nome da operação faz alusão ao conhecido golpe que era aplicado por meio de ligações telefônicas, mas que hoje são realizados através de mensagens via Whatsapp, onde os criminosos se passam por familiares das vítimas abordadas e solicitam uma quantia em dinheiro, alegando que não conseguem acessar o aplicativo do banco e precisam de valores para pagamento de contas.
Uma das suspeitas de aplicar golpes pelo Whatsapp usa tornozeleira eletrônica e já foi condenada por tráfico de drogas
Segundo a Polícia Civil, por meio de um novo número de Whatsapp, os criminosos usam imagens fotográficas de várias pessoas e enviam mensagens para seus familiares. Por meio dessas mensagens, eles se passam pelo familiar que está na fotografia e pedem transferências bancárias para contas de laranjas, que são criminosos que alugam as contas bancárias para o recebimento do dinheiro.
Os quatro suspeitos presos nesta terça-feira (1°/6), são duas mulheres e dois homens, sendo dois de Anápolis, um de Alexânia e um de Águas Lindas, locais onde se encontram recolhidos e serão interrogados. Segundo a PCGO, uma das mulheres presas na cidade de Anápolis usava tornozeleira eletrônica e já foi condenada pelo crime de tráfico de drogas.
A Polícia Civil afirma que a Dercc já realizou várias operações para combater crimes como este e que, os criminosos que enviam as mensagens para as vítimas, já estão presos e usam as contas bancárias dos comparsas que estão em liberdade, que ao receber a quantia das vítimas rapidamente transferem para outras contas, tornando difícil a recuperação dos valores.
Os quatro presos e os os outros investigados serão indiciados pelos crimes de estelionato, associação criminosa e lavagem de dinheiro, que somados poderão ultrapassar 10 anos de prisão.