Decretos municipais e estaduais flexibilizaram o funcionamento da maior parte das atividades não essenciais em Goiânia. Por isso, um requerimento apresentado nesta quinta-feira (27/5), em sessão plenária na Câmara Municipal de Goiânia, busca a revisão do embarque prioritário no transporte coletivo da Região Metropolitana do Município de Goiânia.
O objetivo é fazer com que o prefeito Rogério Cruz (Republicanos) e o Presidente da Companhia Metropolitana de Transporte Coletivo (CMTC) Tarcísio Abreu, revejam a política vigente. Desde o dia 23 de março apenas trabalhadores de serviços essenciais podem utilizar o transporte coletivo nos horários das 6h às 7h30 e das 16h45 às 18h15.
A justificativa do vereador Thialu Guiotti (Avante) é de que diante do cenário atual, as regras vigentes têm gerado muito transtorno à população, como aglomerações nos terminais e pontos de ônibus, superlotação dos coletivos e atrasos recorrentes dos usuários aos seus compromissos, especialmente de trabalho.
Na Câmara, o vereador pediu a aprovação do requerimento, que será votado na sessão da próxima terça-feira. Caso seja aprovado, será enviado do prefeito de Goiânia e ao presidente da CMTC.
Mesmo com embarque prioritário, passageiros ainda reclamam de aglomeração no transporte coletivo
Mesmo com o embarque prioritário que limita o acesso aos ônibus somente a trabalhadores de atividades essenciais nos horários de pico, passageiros reclamam de aglomeração no transporte coletivo, em Goiânia. Usuários denunciam que os terminais e plataformas continuam lotados e os ônibus ainda circulam com superlotação.
Entretanto, de acordo com a RMTC, houve uma redução de 53,5% nas validações nesta quarta-feira (26/5), com comparativos antes da pandemia durante o embarque prioritário e também fora do horário de fluxo.
Antes da pandemia de Covid-19, a Rede Metropolitana de Transporte Coletivo (RMTC) registrava, no dia 9 de março de 2020, uma demanda de 521.963 usuários. Neste atual momento, com o embarque prioritário, num comparativo com a quarta-feira, 26 de maio de 2021, a demanda foi de 241.944 usuários, uma redução de 53,5% nas validações durante todo o dia, ou seja, menos 279.440 validações deixaram de ser feitas ontem no sistema.
Seguindo a mesma base comparativa, antes da pandemia, o Sistema Integrado Metropolitano Anhanguera (SIMA) tinha uma demanda de 180.076 validações no dia 09 de março de 2020. Nesta quarta-feira, 26, a queda foi de 50,6% nas validações no sistema. Foram 91.192 validações a menos.