O Superior Tribunal de Justiça (STJ) confirmou decisão do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO) e mantém arquivada ação contra padre Robson de Oliveira. O ministro do STJ, Olindo Menezes, relator do agravo em recurso especial, acatou os argumentos apresentados pela defesa do religioso.
A decisão terminativa do STJ acata as alegações da defesa e mantém trancados o inquérito policial e a ação criminal. “O STJ reconhece, assim, a inocência do religioso.”, apontou o advogado Pedro Paulo de Medeiros.
Em dezembro de 2020 o Ministério Público de Goiás (MP-GO) foi autorizado pela Justiça a retomar as investigações contra o padre Robson.
De acordo com a defesa do padre Robson, o retorno às atividades religiosas depende de decisão da própria igreja, o que deve acontecer em breve, espera o advogado. O padre foi investigado na Operação Vendilhões suspeito de desviar dinheiro da Afipe.
Operação Vendilhões: Investigação contra Padre Robson
Em agosto do ano passado, o Ministério Público de Goiás (MP-GO), com o apoio das Polícias Civil e Militar do Estado de Goiás, deflagrou uma operação com o objetivo de apurar crimes, em tese, praticados pelos diretores das Associações identificadas como AFIPE (Associação Filhos do Pai Eterno e Associação Pai Eterno e Perpétuo Socorro), mantenedora do Santuário Basílica do Divino Pai Eterno, em Goiás.
Conforme o Ministério Público de Goiás (MP-GO) na ocasião, possíveis crimes de apropriação indébita, lavagem de capitais, organização criminosa, sonegação fiscal e falsidade ideológica teriam sido praticados pelos dirigentes das três associações ligadas à Igreja Católica em Trindade, que recebiam doações em dinheiro de fiéis.
Durante as investigações, foram analisadas troca de mensagens do padre com diversas pessoas, entre elas uma delegada de Trindade, jornalistas, irmã e outras. Além disso, através da Operação Vendilhões, também foram bloqueados judicialmente bens imóveis e valores em contas bancárias dos envolvidos.