A Polícia Civil de Goiás (PCGO) concluiu uma investigação sobre o esquema fura-fila da vacina da Covid-19 e indiciou cinco pessoas na cidade de Rubiataba. A Operação Falsa Modéstia foi deflagrada no último dia 16 de abril.
Conforme apurado, os envolvidos subsistiram indícios de que omitiram, inseriram ou fizeram inserir declaração falsa perante o Poder Público municipal a fim de obter e justificar o recebimento da primeira dose da vacina contra a Covid-19.
Por isso, os cinco investigados foram indiciados pelo crime de falsidade ideológica de documento particular, cuja pena pode chegar a três anos de reclusão, e multa. O inquérito policial, contendo mais de 600 páginas, será remetido ao Poder Judiciário para apreciação e manifestação do Ministério Público de Goiás (MPGO).
Investigações do esquema fura-fila da vacina da Covid-19, em Rubiataba
De acordo com a Polícia Civil, 16 pessoas foram ouvidas durante as investigações, dentre investigados, testemunhas e funcionários da Secretaria Municipal de Saúde de Rubiataba. Além disso, foram cumpridos 14 mandados de busca e apreensão, apreendidos diversos documentos e objetos, e efetuada a prisão em flagrante de outras duas pessoas.
A Secretaria Municipal de Saúde da cidade, a fim de fazer o levantamento das pessoas que se encaixavam nas condições recomendadas pelo Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação Contra a Covid-19 para o recebimento da vacina, entrou em contato com consultórios, clínicas, farmácias e estabelecimentos congêneres, ocasião em que foram solicitadas informações acerca do número de pessoas que trabalhavam nos respectivos locais e que, em tese, teriam direito de serem vacinados.
De posse das informações, era enfatizado que o vínculo, sobretudo, em relação aos trabalhadores de apoio (recepcionistas, auxiliares, limpeza, segurança e etc), deveria ser comprovado mediante contracheque, contrato de trabalho ou documento equivalente. E, assim, a vacina era ministrada.
No entanto, de acordo com a polícia, no momento da aplicação da vacina nenhuma declaração foi solicitada. A apuração aponta que as pessoas só apresentaram a documentação que comprovava o referido vínculo após a vacinação e, com isso, surgiram suspeitas. Segundo a corporação, algumas pessoas imunizadas declararam exercer funções que aparentemente não condiziam com a realidade.
Diante dos fatos, as cinco pessoas foram indiciadas por falsidade ideológica de documento particular, cuja pena pode chegar a três anos de reclusão, e multa.