Policiais penais fazem uma manifestação na manhã desta quinta-feira (13/5) para reivindicar aumento no efetivo e reajuste salarial. A concentração é feita na porta do Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia.
Segundo os manifestantes, que também pedem as melhorias para os vigilantes penitenciários temporários, eles tentam negociar com a Diretoria-Geral de Administração Penitenciária, mas ainda não tiveram retorno.
De acordo com o presidente da Associação dos Policiais Penais do Estado de Goiás (Aspego), Adalto Nunes, cerca de 350 servidores participam do ato. Ele ainda diz que o déficit de servidores é de 2.500 em todo estado e cobram a nomeação de mais de 400 que estão no cadastro reserva.
A categoria ainda reivindica aumento salarial, que está parada há seis meses, segundo os policiais. Atualmente, o salário é de R$ 4,8 mil e passaria para cerca de R$ 6 mil com as promoções. A reivindicação também abrange aumento para cerca de 3 mil vigilantes temporários, que recebem cerca de R$ 900.
Policiais penais reivindicam aumento no efetivo, reajuste salarial e devem votar por greve geral
Ainda não há previsão de quanto tempo irá durar o protesto, mas votações entre os servidores deve definir as próximas etapas do ato. Ainda nesta quinta-feira (13/5), em Assembleia, deve acontecer uma votação para analisar a possibilidade de uma greve geral em todo o sistema penitenciário de Goiás.
Veja a nota divulgada pela DGAP:
A propósito de informações solicitadas pelo Dia Online sobre a manifestação realizada por servidores em frente ao Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, a Diretoria Geral de Administração Penitenciária informa o que se segue:
Alguns servidores promovem na manhã desta quinta-feira (13) uma manifestação pacífica em frente ao Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia reivindicando promoção e o chamamento de novos efetivos.
A Administração Penitenciária está empreendendo esforços para garantir melhorias para a categoria dentro dos limites legais. Quanto à convocação de novos candidatos do cadastro reserva, o Governo de Goiás estuda a possibilidade de chamamento de forma gradual, conforme necessidade da Administração
A Diretoria informa ainda que em função de decisões do Supremo Tribunal Federal, relacionadas à Lei de Responsabilidade Fiscal, o Estado continua impedido de aumentar gastos com pessoal, além de ter que reduzir despesas a fim de readequá-las aos limites legais.
Detento morre após troca de tiros com policiais no presídio de Aparecida
No último dia 6 de maio, um detento morreu dentro da Casa de Prisão Provisória de Aparecida de Goiânia (CPP), após troca de tiros com policiais. Segundo a DGAP, diariamente são realizados procedimentos operacionais padrão de revista nas 100 unidades prisionais do Estado, ação realizada para a manutenção da ordem e disciplina nos presídios, além de coibir a prática de atos ilícitos nos locais.
Durante a ação realizada na CPP, um dos detentos sacou uma arma e atirou contra os agentes do Grupo de Operações Penitenciárias Especiais (Gope), que revidaram. O caso segue investigado parar apurar como os detentos tinham acesso a armamentos.