A pesca esportiva na temporada 2021 do Rio Araguaia foi liberada após uma reunião na tarde desta quarta-feira (12/5). No entanto, continuam proibidos acampamentos, festas, caminhadas ecológicas, entre outras atividades que provoquem aglomeração.
A reunião por videoconferência contou com a presença do governador Ronaldo Caiado, prefeitos, Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO), representantes de entidades empresariais e de trabalhadores da pesca e do turismo.
No encontro, Caiado disse que o Estado se antecipou com o decreto porque, com a baixa do Rio Araguaia e o surgimento de praias em sua extensão, começou uma grande marcação de área para montagem de acampamento, uma sinalização clara do fluxo de pessoas que poderia ocorrer já agora a partir de junho. “Precisávamos definir critérios, ouvir vocês para encontrar uma maneira de conciliar o período da temporada com o momento que vivemos, de uma ameaça de terceira onda, que se inicia em Manaus e dá sinais em São Paulo”, alertou.
Durante o encontro houve algumas demandas pelo funcionamento de acampamentos de famílias, mas a secretária de Meio Ambiente, Andréa Vulcanis, explicou que há uma dificuldade de fiscalização nesse sentido e por isso essa permissão foi desconsiderada. Sobre o novo decreto, de responsabilidade da Semad, ela disse que com todas as contribuições da reunião, será feita uma nova redação. “Assim que terminarmos a minuta, ela será encaminhada a todos vocês, para o mais rápido possível termos um texto definitivo, conforme a decisão da maioria”, assegurou.
Suspensão da temporada 2021 do Rio Araguaia
Na última segunda-feira (10/5) o Governo de Goiás publicou um decreto cancelando, pelo segundo ano consecutivo, a temporada do Rio Araguaia com o objetivo de evitar a disseminação da Covid-19. O local é um destino turístico das férias do meio de ano.
O Decreto Nº 9.862 proibiu a realização de todas as atividades que impliquem em aglomeração de pessoas para o lazer e o turismo na grande região do Rio Araguaia, nela incluídos os trechos do Rio Araguaia e seus afluentes.
O descumprimento das medidas será considerado infração administrativa ambiental punível com multas que variam de R$ 1 mil até R$ 500 mil. Para garantir o cumprimento do decreto, ações de controle e fiscalização serão realizadas pelas prefeituras, Polícia Militar Ambiental, Corpo de Bombeiros e Secretaria do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) as margens do rio.