A certidão de óbito da doméstica Ronilza Johnson, de 46 anos, que morreu após passar por procedimento estético nas nádegas, em Anápolis, apontou que ela estava com Covid-19. O caso está sendo investigado pela Polícia Civil.
Conforme consta no documento, as causas da morte foram choque séptico, que é infecção generalizada que causa falência de órgãos; Covid-19; fasciíte necrosante, que é uma infeção bacteriana que destrói o tecido da pele; e intervenções de razões estéticas.
Ronilza foi internada no último dia 27 de março após fazer um procedimento estético em uma clínica clandestina. O responsável pela intervenção cirúrgica é biomédico, mas se apresentou como médico para a vítima. Ele ainda contou com o auxílio de um estudante de medicina. Ela fez procedimentos nos glúteos, rosto e outras partes do corpo.
Relembre o caso da mulher que morreu após fazer procedimento estético, em Anápolis
De acordo com as investigações, Ronilza Johnson morava na Inglaterra e estava em Anápolis visitando familiares. Na ocasião, ela decidiu procurar a clínica clandestina, após indicação de amigos, para fazer procedimento estético para aumentar o bumbum.
Ela então foi atendida por um biomédico e um estudante de medicina na Bolívia. Durante a intervenção, os suspeitos teriam injetado ácido hialurônico nos glúteos da vítima, de forma “ilegal e enganosa”, segundo a delegada Cynthia Alves Costa, que investiga o caso. Ronilza ainda passou por um procedimento no nariz.
Após os procedimentos, a vítima se sentiu mal e foi internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital de Urgências de Anápolis, no último dia 30 de abril. Entretanto, ela não resistiu e morreu no último sábado (1º).
Os suspeitos
Durante o cumprimento de mandados de busca e apreensão na clínica e na casa dos suspeitos, a Polícia Civil apreendeu cadernos com anotações e tubos utilizados para coleta de sangue. A clínica foi fechada pela Vigilância Sanitária por falta de alvará de funcionamento.
Já na casa do estudante, foram apreendidos vários medicamentos, inclusive de procedência estrangeira, de uso veterinário e receitas médicas em branco.
O Conselho Regional de Biomedicina informou que será aberto um procedimento ético contra o biomédico, que realizou um procedimento não autorizado.
O Dia Online não conseguiu localizar a defesa dos investigados. O espaço continua aberto.