O Ministério Público de Goiás (MP-GO), por intermédio da 41ª Promotoria de Justiça de Goiânia, ofereceu denúncia, nesta quinta-feira (29/4), contra o homem que furtou mais de 200 doses de vacina contra Covid-19, em Goiás. O técnico em refrigeração desviou 24 frascos da vacina Coronavac, fabricada pelo Instituto Butantan, da Central Estadual de Rede de Frio (Cerf), localizada no Jardim Santo Antônio.
Na denúncia, o promotor de Justiça Lauro Machado Nogueira relata que, no dia 17 de março, o acusado prestava manutenção nas câmaras frias onde estavam armazenadas as vacinas e resolveu subtrair alguns frascos. De acordo com o promotor, o denunciado enganou o funcionário que estava na central dizendo que precisava tirar uma foto da porta da câmara consertada para apresentar à empresa. No momento em que ficou sozinho, pegou quatro frascos, com dez doses cada.
Conforme a denúncia, o desaparecimento dos quatro frascos foi percebido no dia 20 de março, quando um servidor estava fazendo o inventário. O caso foi comunicado à superintendente de Vigilância em Saúde do Estado, Flúvia Amorim, que formalizou um procedimento, relatando o ocorrido.
Segundo furto de vacinas contra Covid-19 em Goiás
O segundo furto aconteceu no dia 7 de abril, quando o técnico em refrigeração enganou novamente os funcionários alegando que precisava fazer novos serviços na câmara. Na ocasião, ele furtou uma caixa contendo 20 frascos da Coronavac, totalizando 200 doses.
A denúncia destaca que os frascos furtados da vacina foram armazenados em uma residência do Jardim das Oliveiras, em Senador Canedo, no compartimento abaixo do congelador. O acusado tentou revender as vacinas por R$ 500,00 cada frasco.
De acordo com o relato da denúncia, ao ser questionado sobre a origem do produto, o denunciado tentou incriminar um funcionário do Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), que chegou a ser levado à delegacia pelos policiais, mas, posteriormente, constatou-se que ele não tinha relação com o furto.
Diante dos fatos narrados, o MP-GO pede a condenação do acusado pelo crime de furto qualificado. O promotor de Justiça que ofereceu a denúncia também se manifestou pela manutenção da prisão cautelar do denunciado, diante da gravidade da conduta e para garantia da ordem pública, ponderando ser “incabível a concessão de medidas cautelares diversas da prisão”.