Um homem acusado de matar a ex-namorada a facadas após o Dia dos Namorados, no Jardim Curitiba 4, na região noroeste da capital, foi mandado a Júri Popular, em Goiânia. O crime aconteceu no dia 14 de junho de 2020. O réu segue preso.
A decisão foi proferida pelo juiz Jesseir Coelho de Alcântara, nesta segunda-feira (19/4). A defesa de Wallifer Xavier Pereira ainda pode recorrer a decisão. Segundo a Polícia Civil do Estado de Goiás (PCGO) o autor e a vítima identificada como Adriana Massena dos Santos namoraram por cerca de 1 ano e 6 meses.
A relação do casal possui um histórico de agressões físicas por parte do homem. Na época do crime, os dois haviam rompido o namoro, mas estavam tentando se reconciliar, tendo passado o Dia dos Namorados juntos.
Agressor matou ex-namorada a facadas enquanto ela dizia que o “amava demais”
De acordo com a PCGO, o denunciado contou que matou a vítima porque ela pediu droga para ir a uma festa. Houve discussão entre os dois dentro de casa. Momentos depois, o casal saiu para a rua e o autor desferiu vários golpes de faca contra a ex-namorada e fugiu na sequência. Segundo vizinhos do local, a vítima teria implorado pela vida dizendo que “amava demais” o agressor.
O juiz Jesseir Coelho de Alcântara, da 3ª Vara dos Crimes Dolosos contra a Vida e Tribunal do Júri de Goiânia, na decisão de mandar o acusado a Júri Popular, disse que a materialidade do crime ficou comprovada. “No que concerne à autoria do crime de homicídio da vítima Adriana, há indícios suficientes que pesam contra o acusado Wallifer Xavier Pereira”, salientou.
“No presente caso, verifico, por meio das provas coligidas aos autos, a presença dos requisitos necessários para a prolação da decisão intermediária de pronúncia, uma vez que a materialidade se encontra demonstrada e que existem indícios suficientes de participação que pesam contra o denunciado. O princípio imperativo de Direito Penal nesta fase do processo é reverter qualquer dúvida em prol do direito social, mesmo que em detrimento do direito individual”, enfatizou Jesseir Coelho.