A Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Cibernéticos (DERCC) de Goiás cumpriu mandado de prisão temporária na última quinta-feira (25/3), contra suspeito de aplicar golpes pela internet e causar prejuízo de R$ 25 milhões. Também foram cumpridos 5 mandados de busca e apreensão em Goiânia, Aparecida de Goiânia e Guapó.
De acordo com a Polícia Civil do Estado de Goiás (PCGO), os mandados foram expedidos pela Justiça de São Paulo, após a segunda fase da Operação Estorno, realizada e coordenada pela 6ª Delegacia de Combate a Facções e Lavagem de Dinheiro da DEIC de São Paulo.
Um dos integrantes da suposta associação criminosa, que teria sido responsável por mais de R$ 25 milhões em prejuízos causados a várias empresas de comercialização de produtos pela internet, morava em Goiânia.
Segundo a PCGO, a Operação Estorno teve a primeira fase deflagrada em outubro de 2019, quando 4 pessoas foram presas e 29 mandados de busca e apreensão, cumpridos, todos em São Paulo. Ao analisar os dados obtidos naquela época, a equipe do Departamento Estadual de Investigações Criminais de São Paulo (DEIC/SP) verificou que havia outros integrantes da suposta associação criminosa e que o prejuízo às empresas vítimas ultrapassaria R$ 25 milhões.
“O núcleo agora investigado é responsável pelo prejuízo imenso e as empresas prestadoras de serviço de internet só perceberam depois que o valor já estava muito alto”, afirma a delegada Sabrina Leles, titular da DERCC de Goiás.
Suspeito de aplicar golpes e causar prejuízo de R$ 25 milhões ostenta vida de luxo
De acordo com a Polícia Civil, nesta quinta-feira (25/3) também foram cumpridos 11 mandados de busca domiciliar e 5 de prisão temporária em São Paulo, nos municípios de Guarulhos, São Bernardo do Campo, Praia Grande e São Vicente. Foram apreendidos diversos cartões bancários, máquinas de cartões e computadores utilizados nas fraudes, bem como aparelhos celulares e veículos de luxo.
Segundo a PCGO, o goiano de 32 anos, preso temporariamente por golpes aplicados na internet, ostentava uma vida de alto padrão financeiro, com viagens internacionais, carros de luxo, residência em bairro nobre da capital e uma propriedade na zona rural de Guapó, que proporcionava lazer e muito conforto para seus familiares e amigos.
“O criminoso virtual analisa de forma minuciosa as brechas e falhas dos sistemas da empresa para poder aplicar os golpes e obter valores criminosos tão altos. Por isso, toda empresa vítima precisa procurar a Polícia Civil para que os fatos sejam investigados”, ressalta a delegada Sabrina Leles.