O prefeito Rogério Cruz (Republicanos) vai se reunir nesta sexta-feira (12/3), com secretariado e técnicos para decidir sobre a prorrogação do decreto com medidas de combate à Covid-19 em Goiânia. A ideia é antecipar as eventuais mudanças para que o setor empresarial se organize para as novas medidas.
O cenário da pandemia na capital ainda é considerado grave pela área técnica. Em alguns momentos, a ocupação de leitos chegou a ficar em 100% durante essa semana. O decreto em vigor determina que as medidas de flexibilização seriam feitas caso esse índice ficasse abaixo de 75%, o que não ocorreu.
Prefeito de Goiânia discute prorrogação de decreto, mas é pressionado por empresários para reabertura do comércio
Empresários e comerciantes têm pressionado a administração municipal para a reabertura do comércio. Entre os setores que fazem essa pressão estão os bares e restaurantes, que paralisaram os serviços nesta semana e manifestaram em frente ao Paço Municipal pedindo a volta dos serviços. Eles cobram pelo menos a possibilidade de permitir a entrega drive-thu aos clientes. No último decreto, esse tipo de estabelecimento só pode funcionar por meio de delivery.
A categoria também critica a manutenção das atividades religiosas. O Ministério Público de Goiás já se manifestou contra abertura das igrejas. No decreto em vigor, cultos, missas e encontros religiosos estão permitidos, desde que funcionem com 10% da capacidade.
Em entrevista à CBN Goiânia, o procurador-geral de Justiça, Aylton Flávio Vechi disse que o Centro de Operações de Emergência em Saúde (COE) foi retirado das reuniões e a notícia causou surpresa. ” Por incrível que pareça, na data de ontem o prefeito de Goiânia expediu o decreto que exclui o MP de sua participação do comitê. […] Nós lamentamos, porque acho que a nossa colaboração sempre foi no sentido de dialogar, de construir soluções considerando o momento e considerando também a necessidade de salvar vidas”, disse.
Após declaração do procurador-geral, em nota, a Prefeitura de Goiânia afirmou “que o Ministério Público do Estado de Goiás integra oficialmente o Centro de Operações de Emergência em Saúde (COE), conforme prevê inciso II, parágrafo 4º, artigo 4º, capítulo II do Decreto Municipal nº 1.601 de 22 de fevereiro de 2021.”