A Justiça determinou nesta quarta-feira (10/3), que as empresas de transporte coletivo e a Prefeitura de Goiânia devem garantir que passageiros viajem sentados nos ônibus. O prazo estabelecido para as adequações é de 48 horas. Caso a medida seja descumprida, a multa diária é de R$ 5 mil.
A medida leva em consideração o decreto publicado na tarde do último domingo (7/3), que recomenda que todos os passageiros estejam sentados durante as viagens e que a distância mínima seja de um metro entre as pessoas dentro dos terminais, com o objetivo de evitar aglomerações e diminuir o contágio da covid-19.
De acordo com o documento assinado pelo juiz José Proto de Oliveira, as irregularidades foram observadas já no primeiro dia de validade do novo decreto e os ônibus continuaram rodando com passageiros em pé. O documento ainda relata que a aglomeração no transporte público é um cenário típico da rotina dos goianienses, porém se mostra mais grave neste momento de pandemia.
Em nota, a Companhia Metropolitana de Transporte Coletivo (CMTC) informou que está cumprindo as determinações do decreto que são de competência da empresa, como a organização e fiscalização da prestação do serviço. Apesar da decisão, a Companhia informou que ainda não foi notificada.
A Prefeitura de Goiânia também informou em nota tomará as medidas cabíveis assim que for notificada formalmente da decisão.
Passageiros devem viajar sentados em ônibus, mas usuários ainda enfrentam lotação
Após a publicação do decreto de Goiânia que fala sobre o distanciamento entre os passageiros durante viagem no transporte coletivo, os usuários têm enfrentado aglomeração. Por isso, o meio de locomoção é considerado um ambiente de alto risco de contágio da covid-19.
Usuária do Transporte coletivo, Vanessa Silva fala que é impossível fazer uma viagem sem que haja aglomeração dentro dos veículos. “Sabemos dos riscos que corremos, mas precisamos usar o ônibus para ir trabalhar. Essa aglomeração não é desde agora, faz muito tempo. É um descaso com quem precisa do transporte público”.
Indignada, Sarah Pires conta que até mesmo nos terminais não consegue manter o distanciamento necessário para evitar a disseminação do novo coronavírus. “Fica todo mundo esperando o ônibus, quando chega todo mundo quer ir embora, então todos querem entrar. Estão falando sobre o distanciamento em todo lugar, mas a pior aglomeração é no transporte coletivo e não temos solução”.