Após a publicação do novo decreto de Goiânia que fala sobre o distanciamento entre os passageiros durante viagem no transporte coletivo, os usuários têm enfrentado aglomeração. Por isso, o meio de locomoção é considerado um ambiente de alto risco de contágio da covid-19.
Usuária do Transporte coletivo, Vanessa Silva fala que é impossível fazer uma viagem sem que haja aglomeração dentro dos veículos. “Sabemos dos riscos que corremos, mas precisamos usar o ônibus para ir trabalhar. Essa aglomeração não é desde agora, faz muito tempo. É um descaso com quem precisa do transporte público”.
Indignada, Sarah Pires conta que até mesmo nos terminais não consegue manter o distanciamento necessário para evitar a disseminação do novo coronavírus. “Fica todo mundo esperando o ônibus, quando chega todo mundo quer ir embora, então todos querem entrar. Estão falando sobre o distanciamento em todo lugar, mas a pior aglomeração é no transporte coletivo e não temos solução”.
Por meio de nota, a Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos esclarece que é a demanda é alta e que não consegue atender todas as regiões ao mesmo tempo. “O aumento no número de ônibus para atender a demanda em horário de pico, a CMTC esclarece que em horário de pico a demanda é sempre maior e impossível de ser atendida ao mesmo tempo.”. (Confira na íntegra abaixo)
Decreto prevê medidas sanitárias para o transporte coletivo
De acordo com o novo decreto da Prefeitura de Goiânia, continua sendo obrigatório o uso de máscara dentro dos ônibus. Além disso, as concessionárias de transporte público coletivo devem realizar a limpeza rápida dos pontos de contato com as mãos dos usuários, como a roleta, bancos, balaústres, corrimão e apoios em geral.
Outra medida disposta é que devem manter à disposição álcool em gel 70% para utilização dos motoristas e demais funcionários. Além de realizar limpeza minuciosa diária do veículo, na garagem, no início e no final da operação.
Confira na íntegra a nota enviada pela CMTC sobre a recomendação da Nota Técnica do governo estadual para o combate à pandemia Covid-19:
Como órgão gestor concorda com as ações de governo e entende que a união de esforços do governo do Estado e dos 18 municípios que integram a rede de transportes é necessária para os resultados junto ao usuário.
Sobre higienização em terminais, a CMTC tem feito reuniões para o envolvimento dos entes públicos para uma parceria na aquisição de álcool 70% a ser disponibilizado em terminais da RMTC. A CMTC lembra que de outubro a janeiro o produto ficou disponibilizado nos 21 terminais com campanha de orientação ao usuário coordenada pela Fetrasul, Fecomércio e CMTC. Ações de sanitização na frota operante estão sendo realizadas diariamente com equipes das cinco operadoras no trabalho em garagens e terminais da grande Goiânia.
O aumento no número de ônibus para atender a demanda em horário de pico, a CMTC esclarece que em horário de pico a demanda é sempre maior e impossível de ser atendida ao mesmo tempo. Um exemplo é a Metrobus que opera Eixo Anhanguera, o principal eixo de transporte de Goiânia com 11 terminais e com a maior demanda do sistema. A Metrobus opera hoje com 100% da frota e não consegue atender.
A CMTC reafirma seu compromisso de implantar ações que promovam deslocamentos seguros para os atuais 270 mil passageiros/dia.