O Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (SINTEGO), divulgou nesta segunda-feira (22/02), que é contra a aplicação da avaliação diagnóstica da Rede Estadual aos alunos, de forma presencial. A orientação é que a prova fosse aplicada com capacidade de 30% em sala de aula. O órgão alega que os casos de Covid-19 tem aumentado muito na região e a aplicação presencial é um risco tanto para os alunos quanto para os profissionais de educação.
De acordo com o boletim da Secretaria de Estado de Saúde (SES-GO), divulgado (21/02), há 380.232 casos de doença por covid-19 e 8.286 óbitos confirmados no território goiano. Dessa forma, o sindicato alega ser inviável a aplicação ” Como pensar em aplicação de provas presenciais, quando Goiás passa pela segunda onda de contaminação e escassez de leitos de UTIs?” indagou.
A prova está prevista para o dia 22 de fevereiro e pode se estender até o dia 4 de março. A avaliação Diagnóstica contém conteúdos de Língua Portuguesa e de Matemática, para identificar as habilidades desenvolvidas no ano de 2020 pelos alunos. As unidades escolares terão um período de até 15 dias para organizar como será feita a distribuição dos alunos obedecendo a quantidade máxima de 30% da capacidade de cada sala de aula.
De acordo com Márcia Carvalho, gerente de Avaliação da Rede Escolar e Estatísticas Educacionais da Seduc Goiás, a avaliação vai ocorrer de forma segura para os alunos e profissionais ” A aplicação de uma prova não há interação. Uma turma com 30 alunos somente 10 ficam na sala de cada vez, ou seja, 30%. Todos de máscara, disponível álcool gel. Chegam, recebem a prova, ficam por vota de duas horas respondendo a prova , recebem lanche e vão embora” e completou “todos os cuidados estão sendo tomados e onde não há liberação da saúde não está ocorrendo”.
Veja a nota completa da SINTEGO na integra:
Mesmo diante o aumento de internações por COVID-19 em Goiás, a Secretaria Estadual de Educação (SEDUC) anunciou a aplicação de uma prova de avaliação diagnóstica aos/as educandos/as da Rede Estadual, de forma presencial, com capacidade de 30% em sala de aula. Desde o anúncio, o SINTEGO vem cobrando a suspensão imediata da avaliação para a Secretária Estadual de Educação, Fátima Gavioli.
De acordo com o boletim da Secretaria de Estado de Saúde (SES-GO), divulgado ontem (21), há 380.232 casos de doença por COVID-19 e 8.286 óbitos confirmados no território goiano. Como pensar em aplicação de provas presenciais, quando Goiás passa pela segunda onda de contaminação e escassez de leitos de UTIs?
“A situação é gravíssima, não dá para correr o risco de chamar os/as estudantes e profissionais da Educação para aplicar a prova, nesse momento. É preciso que se tenha bom senso e suspenda a avaliação diagnóstica imediatamente”, reforçou Bia de Lima, presidenta do SINTEGO. Vários/as trabalhadores/as já relataram casos de contaminação após o início das aulas ao sindicato, mesmo que os/as educandos/as não estejam frequentando presencialmente.
Recordamos que o Governo de Goiás afirmou, em nota (no dia 21/02/2021): “Entretanto, a gestão estadual defende que, para frear a disseminação do vírus e o avanço da pandemia, somente a abertura de leitos não é suficiente. Constantemente, o governador Ronaldo Caiado reforça a necessidade do distanciamento social e do cumprimento dos protocolos de segurança sanitários por parte de toda a população”.
Cabe a gestão estadual manter a coerência e aplicar esta defesa em todos os âmbitos da sociedade, especialmente para os/as trabalhadores/as Educação, que atuam (quando presencialmente) em um ambiente de aglomeração. Não há motivos que justifiquem colocar a vida dos/as profissionais, educandos/as, mães e pais ou responsáveis em risco.
O SINTEGO segue cobrando prioridade do Estado e municípios na aquisição e distribuição de vacinas para os/as profissionais da Educação, bem como o pagamento do PISO para todos/as (uma vez que a maior parte da categoria está sem reajustes salariais), a recomposição da tabela dos/as administrativos/as e a retirada do desconto de 14,25% dos/as aposentados/as.