Entrou em vigor, nesta quarta-feira (17/2), uma nova portaria publicada pela Câmara Municipal de Goiânia que endurece as restrições para servidores da Casa que se recusarem a cumprir os protocolos de prevenção contra a covid-19. Segundo apurado pelo Dia Online, as novas medidas surgem após a recusa por parte de alguns vereadores e assessores em adotar medidas de prevenção no Parlamento, como o uso de máscara.
A portaria de nº 379/21 restringe o acesso à Casa a vereadores, vereadoras, servidores e colaboradores, sejam eles estagiários, terceirizados ou menores aprendizes. No entanto, a restrição que mais chamou atenção foi a obrigatoriedade do uso de máscara de proteção “para ingressar e permanecer nas dependências” da Câmara, “ficando os agentes da Guarda Civil Metropolitana responsáveis por fiscalizar a determinação, com poderes para restringir a entrada e permanência daqueles que não observarem a obrigação”.
Isso significa que, a partir de hoje, quarta-feira, servidores da Casa – o que inclui parlamentares – serão barrados na entrada da Câmara caso não estejam usando o item de proteção.
“Antimáscara”
O Dia Online apurou que a portaria surgiu após uma reunião realizada pela Mesa Diretora da Câmara na última terça-feira (16), em decorrência de embates causados por vereadores que se recusam a usar máscara de proteção na Casa, mesmo diante dos estudos científicos que comprovam que o acessório contribui para prevenir de contaminar e ser contaminado pelo novo coronavírus, agente causador da covid-19.
Um exemplo seria a vereadora Gabriela Rodart (DC) que, mesmo antes de assumir o mandato, no ano passado, já havia afirmado que não usaria máscara na Câmara. A parlamentar chegou a promover uma campanha contra o uso obrigatório do item.